Secretário da Agricultura não quer “facilitar” entrada de produtos sem sanidade (RS)

A legislação exige análise fitossanitária e pesagem do arroz, alho, cebola e mais uma gama de produtos do Mercosul que entram no Rio Grande do Sul.

O secretário da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul, João Carlos Machado, que toma posse na próxima terça-feira, em Porto Alegre, já aborda alguns temas polêmicos com posicionamentos bastante claros. Arrozeiro e prefeito no segundo mandato no município de Camaquã (RS), Machado afirmou para a imprensa da capital gaúcha que “não podemos facilitar ou deixar que produtos sem a mesma sanidade exigida para o produto gaúcho, entrem no Rio Grande do Sul”.

Ele reconheceu que há questionamentos e entendimentos diferenciados com relação à competência da aplicação da lei pelo Estado ou a União.

O posicionamento do futuro secretário diz respeito à chamada “Lei Goergen”, aprovada pela Assembléia Legislativa gaúcha em 2007 e promulgada também pelo Legislativo, diante da decorrência do prazo para que o ex-governador Germano Rigotto assinasse e publicasse a lei.

A legislação exige análise fitossanitária e pesagem do arroz, alho, cebola e mais uma gama de produtos do Mercosul que entram no Rio Grande do Sul. A lei foi proposta pelo deputado Jerônimo Goergen (PP), que já havia aceito a indicação para ser o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado, mas renunciou antes mesmo de assumir por discordar de um pacote de leis que aumentava a carga de impostos, encaminhado pelo novo governo à Assembléia Legislativa.

A posição de Machado é festejada pelas lideranças arrozeiras do Rio Grande do Sul, que apóiam sua indicação e depositam muitas esperanças em seu trabalho. O presidente da Federarroz, Valter José Pötter, considera Machado um nome incontestável no setor, por reunir a condição de produtor rural e de prefeito com larga experiência no executivo.

Em sua entrevista, João Carlos Machado lembrou que é o primeiro agropecuarista que chega a secretário da Agricultura e Abastecimento do Rio Grande do Sul em muitos anos. A função vinha sendo exercida, nos últimos governos, por políticos de carreira (deputados, principalmente). Ele também reafirmou o interesse em colaborar com a Secretaria Especial de Irrigação, criada neste governo, para gestar um programa estadual para este segmento.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter