Selo ambiental do arroz gaúcho dá desconto no crédito

 Selo ambiental do arroz gaúcho dá desconto no crédito

Colheita do Arroz no RS, Foto de Paulo Rossi,

(Por Gisele Loeblein, Zero Hora) Produtores de arroz de Estado acabam de ganhar um novo benefício com o programa de boas práticas na lavoura. O reconhecimento do Ministério da Agricultura ao Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) como certificadora, por meio do programa Selo Ambiental, permitirá acesso a desconto na tomada de crédito. Criada na safra 2008/2009 pela autarquia, a iniciativa concede às propriedades participantes um atestado de práticas sustentáveis, aferido por técnicos.

— O que o produtor ganha é o desconto do Plano Safra de meio por cento para custear a lavoura — resume Rodrigo Machado, presidente do Irga.

A possibilidade desse desconto está prevista no pacote de financiamentos que conta com subsídio do governo federal. O que muda é que, com o selo passando a ser uma ferramenta que atesta as práticas sustentáveis, os arrozeiros que o tiverem ficam aptos a buscar esse abatimento nos financiamentos. A solicitação para que o Selo Ambiental fosse validado pela pasta federal da Agricultura havia sido feita no início deste ano, durante a programação da abertura oficial da colheita de arroz.

Recuperação do solo após cheias

— O sistema produtivo torna o ambiente onde o arroz é produzido mais resiliente, mais sustentável, diminui os custos e aumenta a produtividade — enumera Machado sobre as vantagens agronômicas.

Quando foi lançado o selo, sete propriedades receberam a certificação. Na safra 2023/2024, foram 72.

Na Região Central, onde a catástrofe climática causou estragos profundos nas propriedades onde se produz arroz, será preciso focar, primeiro na recuperação do solo. Para isso, estão previstos R$21 milhões em ações com esse objetivo.

— Muitos perderam a ferramenta de trabalho. É um esforço gigante, primeiro precisamos recuperar esse dano todo causado pelas cheias e, depois, implementar esse programa — ressaltou Machado.

Além do custo extra, a situação também afetou a semeadura na Região Central.

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