Selo Catarina

 Selo Catarina

Está em andamento em Santa Catarina um trabalho para homogeneizar a produção de arroz parboilizado. A meta do Sindarroz-SC é lançar um selo de garantia de qualidade. As cinco linhas de ação contemplam aspectos que vão da recepção da matéria-prima, passam pelo processo industrial, chegam ao mercado, preocupam-se com a obtenção de crédito e financiamento e terminam na ação institucional até atingir a certificação. Quatro comitês regionais foram criados. Santa Catarina é o terceiro maior produtor de arroz do Brasil. 10 mil famílias vivem do plantio. A produção ultrapassa um milhão de toneladas e outras 400 mil são importadas. A capacidade de beneficia-mento da indústria catarinense é de 1,3 milhão de toneladas/ano.

 

Arroz de quilombo

O quilombo André Lopes, no Vale do Ribeira (SP), está chamando a atenção dos pesquisadores para suas roças, com mais de 350 anos de cultivo. Há dois anos, o Governo de São Paulo percebeu a riqueza das plantações de feijão, arroz e milho, mantidas para a subsistência das famílias, e que possuem alguns tipos de sementes desconhecidas em outros lugares. Pesquisadores da Universidade de Viçosa afirmam que o método utilizado pelos quilombolas para plantar, chamado de calabiado, em que as espécies são cultivadas misturadas, faz com que surjam novas sementes, impossíveis de serem desenvolvidas em laboratórios. A variedade é tanta que, só de arroz, existem 11 tipos de sementes em André Lopes.

 

Terras altas na Argentina

O cultivo de arroz de terras altas, desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), deve ser incorporado às hortas e pequenas lavouras da Província de Salta, na Argentina, integrando um programa governamental de amplo interesse social. O projeto pretende assegurar alimentação complementar para famílias de pequenos agricultores.

 

Consumo em queda

A quantidade de consumo anual de arroz polido por brasileiro caiu 46% em 30 anos, de acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF 2002/2003), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A base de comparação é o Estudo Nacional de Despesa Familiar (Endef), realizado em 1974. De acordo com a pesquisa, a queda mais intensa no consumo de arroz (35%) ocorreu entre 1996 e 2003. O consumo de feijão também caiu em 37% – de 1996 a 2003, a queda foi mais suave, de 10%. O aumento da quantidade de consumo domiciliar de alimentos preparados é outro indicativo de mudança de hábitos detectada na pesquisa, principalmente nas áreas urbanas do país. O aumento contabilizado de 1974 a 2003 é de 216%. 

 

Assentamento rizipiscicultor

Um assentamento de colonos ligados ao Movimento Sem Terra do Rio Grande do Sul está colhendo os primeiros resultados com a técnica da rizipiscicultura, sistema que consorcia a lavoura de arroz com a criação de peixes. A milenar técnica chinesa está sendo aplicada em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre. O sistema, auto-sustentável, caracteriza-se pelo cultivo consorciado de arroz irrigado e criação de peixes sem o uso de agrotóxicos, reduzindo o impacto ambiental e o uso de maquinaria e proporcionando aumento gradativo da renda por área cultivada. Os resultados já podem ser notados. A Emater/RS estima que o estado cultive 500 hectares com rizipiscicultura. O assentamento de Viamão já ultrapassou a marca dos 50 hectares, envolvendo diretamente mais de 20 famílias. A expectativa é de que a safra de 2004/2005 deve dobrar essa área e agregar ainda mais famílias na produção ecológica.

 

Arroz integral previne Alzheimer

A fabricante japonesa de cosméticos FANCL anunciou que seu grupo de pesquisas descobriu a eficácia do arroz integral pré-germinado contra a doença de Alzheimer, em colaboração com o professor Makoto Ukai, da Universidade de Meijo. Baseados em experimentos com animais, eles confirmaram que é possível que a ingestão contínua de arroz integral efetivamente iniba o déficit de aprendizagem e memória induzido pela proteína beta-amilóide, uma das causadoras da doença. Detalhes dos resultados da pesquisa foram discutidos na edição de 1º de julho do Biological & Pharmaceutical Bulletin, publicado pela Sociedade Farmacêutica do Japão.

 

Congresso no Mato Grosso

O Mato Grosso deve sediar em 2005 o 2º Congresso Nacional da Cadeia Produtiva do Arroz. O presidente da Associação dos Produtores de Arroz do Mato Grosso, Ângelo Maronezzi, acredita que essa será uma oportunidade de divulgar o potencial arrozeiro do estado. Ele já esteve reunido com a chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão, Beatriz da Silveira Pinheiro, idealizadora do primeiro congresso, realizado em parceria com a Abrarroz, e deu início às tratativas. O Mato Grosso foi indicado para sede no 1º Congresso Brasileiro da Cadeia Produtiva do Arroz, em Santa Catarina, como reconhecimento da importância da cultura em terras altas. Paralelamente ao congresso acontece a Reunião Nacional de Pesquisa em Arroz (Renapa). Maronezzi é vice-presidente da Abrarroz. 

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter