Semeada área da Abertura da Colheita

 Semeada área da Abertura da Colheita

Lavoura fica no Irga, em Cachoeirinha

Lavoura que irá simbolizar o início da colheita do grão teve semeadura antecipada por causa da previsão de chuvas

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 A lavoura que vai receber a 28ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz já está sendo implantada na Estação Experimental do Arroz, do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha (RS), que novamente receberá o evento entre os dias 21 e 23 de fevereiro de 2018. A partir de agora, os técnicos do instituto darão a continuidade ao processo e os tratos culturais para que a área de um hectare chegue com boa performance para o dia do evento.

Conforme o vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, o plantio, previsto para esta segunda quinzena de setembro, foi antecipado em decorrência das previsões de grande volume de chuvas, o que atrasaria a semeadura. "Temos uma perspectiva de estar com esta lavoura pronta para a colheita na data de abertura do evento. A expectativa é de uma boa condição desta área e acreditamos ter uma ótima lavoura para o evento", salienta.

A lavoura do evento, que conta com a parceria da Basf, foi plantada com a variedade 424 RI, desenvolvida pelo Irga. A Abertura Oficial da Colheita do Arroz é uma promoção da Federarroz. Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site www.colheitadoarroz.com.br.

13 Comentários

  • Infelizmente, muito pouco a comemorar no evento em tela. Com a pornográfica caída de preço do arroz nas últimas semanas, estará mais para clima de velório. Será o custo do arrendamento o causador? Ensurdecedor silêncio de nossos analistas sociológicos. Lembro dos tempos em que se suspendia a comercialização do casca, se bloqueava a fronteira e saídas das grandes indústrias. Voltarão novamente esses movimentos? Sds

  • AINDA PRA PIORAR QUEREM TERMINAR COM CREDITO AGRICOLA RURAL, ALEGANDO MUITA BUROCRACIA, ONDE AO INVÉS DE 8% AO ANO PODERÁ PASSAR DE 30%AO ANO. NESSAS ALTURAS É MELHOR VOLTAR REGIME MILITAR REFORMADO PRA ENDIREITAR ESSE CAPITALISMO SELVAGEM, ONDE HAVERIA TECNICOS HABILITADOS E SÉRIOS, MUITO DIFERENTE DESSA CORJA DE POLITICOS ALCOVITEIROS. UM PAÍS SÉRIO PROMOVERIA SUA AGRICULTURA E NÃO À ESCULACHARIA, MAS COMO ESTÃO OFERECENDO AS TERRAS PRA CAPITAL ESTRANGEIRO ,TEM PRIMEIRO ACABAR COM OS PRODUTORES DAQUI MESMO, ABRAM O OLHO, SÓ NÃO VÊ QUEM NÃO QUER, TUDO ESTÁ CLARO, QUALQUER MANOBRA DE UMA PESSOA , JÁ VEJO SUAS REAIS INTENCÕES!SDS. OS ABSURDOS MERECEM TOTAL ATENCÃO!!

  • Seu Edereson foi muito bom o Sr. tocar nesse assunto. Especula-se que as multinacionais do capital de origem árabe estariam interessadas em securitizar as dividas dos produtores transferindo-se as garantias… O governo ficaria de fora e o Banco do Brasil que terá que pagar os Plano Bresser e Collor em breve não querem se comprometer com mais nada. Pelo menos é o que parece. Exemplo claro disso é o Irã estar de olho nas arroceras Uruguais e investindo no Paraguay… A globalização chegou com tudo… Teremos que nos adaptar… Só um nacionalista estilo Trump poderá nos proteger da dizimação!!! Essa Festa do Arroz deveria ser cancelada em sinal de protesto!!! Diminuam área pessoal… verão seco ano bom prá soja!!! De um lado os árabe controlando o arroz e do outro os chineses com a soja… Que lindo não!!! Povo que não tem virtude acaba por se tornar escravo!

  • Bom dia, senhores! “Uma coisa é uma coisa e outra coisa!” Acredito que o problema do arroz deve ser discutido por partes, lá esgotamos o arrendamento e, mesmo assim, após quatro intervenções esclarecedoras foi considerado um “palpite”. Aqui neste post a discussão é preço. Antes convém lembrar, que os quatro eixos dos antigos problemas estruturais do arroz, são: Arrendamento; Monocultura; Muito imobilizado e Comercialização. Ainda, para termos mais receita num negócio, podemos reduzir a despesa (reduzir arrendamento, reduzir juros, reduzir preços de compra de insumos…) ou aumentar a receita (aumentando o preço de venda ou modificando a forma de apresentação…). Como aumentar a receita via preço de venda? Será que vendendo um produto da mesma forma que cinquenta anos atrás, tem apelo de venda? Gosto de comparar com o frango para ficar fácil o entendimento (aquele frangão inteiro não se vê mais). Temos que modificar o sistema de comercialização do arroz (integração produtor x indústria com preço fixado em título de crédito; produtor beneficiando e aproveitando os subprodutos; mudança do padrão de comercialização para arroz beneficiado inteiro; transformação agroindustrial em farinhas, massas, biscoitos, snacks, cervejas, rações pet e bovina etc. Portanto, a Abertura da Colheita é um bom momento para prosseguir nesta temática e como viabilizá-la, visto que em Mostardas, o palestrante Tejon Mejido confirmou isso que já havíamos levantado. Achamos que é um “palpite” porque queremos receitas prontas (tantos sacos, tantos litros…), sem mexer no nosso modo de trabalhar e que as soluções venham de fora. Não culpem os analistas sociológicos, pois eles estão colaborando, até mesmo porque está visto que apenas produção e produtividade não trouxe uma receita geral para o setor. PS. (O comentário é sob uma visão nacionalista, sem esta visão que trouxe há pouco o Sr. Schmidt, que as reviravoltas políticas nos trouxeram).

  • Pelo visto o tema arrendamento ainda não se esgotou. É inegável que os valores (percentuais) cobrados acima da razoabilidade que a atividade exige, não influi no preço do casca. Mas causa endividamento de produtores mais desatentos em suas contas. Isto é fato, e não sociologia teórica!!.

  • O arrendamento e o único custo que não subiu na lavoura desde que estou nela . O problema da lavoura a meu entender está da porteira para fora e não para adentro . Senão , os produtores que plantassem em terras próprias estariam ricos . Mais uma vez continuam a nos botar nos contra nós mesmos ! Sem sombra de dúvida que o problema encontra-se na nossa situação de refem do
    Sistema de comercialização , refem do sistema financeiro e refem das nossas entidades de classe que ao invés de brigar pelos nossos direitos ficam quietos . Onde se viu recomendar a diminuir área ? Só no arroz acontece isto . Diminuir área aumenta desemprego , aumenta criminalidade . Ao invés de brigar pela competitividade do nosso produto , abrir mercados , optam pelo caminho mais fácil . Está prorrogação e o maior tiro no pé que poderiam nos dar , ou vocês pensam que a indústria agora sairá a comprar ? Já estão abastecidos meus amigos . Em fevereiro quando tiver que pagar está parcela prorrogada o Paraguai já estará com sua safra praticamente estocada e somada às cpr e o fim da atividade . Vai enterrar o produtor capitalizado . Uma pena

  • O assunto do arrendamento não se esgota nunca e pensávamos que era já objeto de entendimento por todos do setor. 1) Ninguém quer jogar uns contra os outros, mas onde há um negócio existe uma máxima; “Negócios são negócios, amizades à parte!” Como o arrendamento é sempre o mesmo valor, todos os anos? O percentual é o mesmo, mas o valor é variável com o aumento da produtividade, o incremento de tecnologia etc. 25% de 6.000 kg/ha é 1500kg e 25% de 8.000 kg/ha é 2000kg. São 500kg a mais, não variou?
    2) Entendo que influi no preço do casca, sim! Quem recebe o arrendamento, tanto faz vender a R$45,00 ou a R$37,00, pois o seu desembolso foi perto do zero. Quem paga os 25% de arrendamento tem o desembolso alto e tem que vender na “boca da safra” ao preço oferecido ou vender ainda na lavoura também por preço baixo. Nas três situações apontadas ajudam a promover uma onda baixista no preço. É neste relacionamento que as entidades e técnicos tem que intervir e não na prorrogação, que é uma medida paliativa e protelatória e que o benefício se dá àquele em melhor situação financeira.

  • Se bem entendo a sua colocação me vejo obrigado a discordar em quase tudo .
    1) Não conheço muitos arrendamentos de 25 %, agora caso existam, acho que o produtor tem que rever este numero . Tomando como bases arrendamentos de entre 35 sacos e 55 sacos por quadra , o valor do arrendamento e sempre o mesmo . A produtividade e que varia e não o valor do arrendamento . Utilizando sua lógica , deveríamos entao chamar os fornecedores e dizer : se eu colher 8000 kg te pago tanto , se colher 6000 Kg te pago tanto e se colher 10000 kg te pago preco cheio . Ambos sabemos que não nos venderiam .
    2) Sobre este ponto me obrigo a discordar também ja que o custo arrendamento sai da lavoura e não e desembolso do arrendador . Quando o sr fala que o arrendatário tem custo quase que zero também esta equivocado ja que a cada 1 ha que o se planta , o dono da terra tem que ter no mínimo 1,3 ( entre barragem – valos – regadeiras – etc ) , ou seja , ele desembolsou este dinheiro para ter este ativo . Se fosse fácil, ou custo zero , todos os arrendatários seriam proprietários , e não maioria dos casos não e assi .
    Quem faz o desembolso ser alto e os impostos que pagamos a cada tonelada de adubo que entra na propriedade – cada litro de diesel – cada KW consumido – cada – cada taxa que pagamos a mais do que esta lançado no Plano Safra do ano – cada desconto ilegal que nos fazem a cada carreta verde que mandamos e ao olhar os descontos ficamos quietos porque somos reféns do sistema .
    Quando o sr fala que este beneficio da prorrogação se da aos que estao em melhor situação discordo também ja que estes DIAS que conseguiram com esta prorrogação so vai fazer os CAPITALIZADOS perder dinheiro . Para os descapitalizados esta medida não muda nada ja que não VAMOS ter para pagar
    nem em outubro nem em novembro e imagine em Janeiro .
    Pouca vezes na minha vida vi um lavoureiro comemorar uma boa colheita e um bom preco . Geralmente comemoramos a liberação do novo custeio ! Ta na hora de começar a comemorar Renda e não Divida .
    Nao culpo a industria e sim culpo o sistema viciado que estamos metido . Não podemos Gastar , correr risco e depois de todo o desgaste nos enfrentar a um monopólio que determina preço e condições . Eles por sua vez , tenho certeza que opinam a mesma coisa do Varejo . Assim não existe a lei da oferta e da demanda . Fica muito desleal a briga .

  • Na maioria das regiões arrozeiras o valor do arrendamento ou “parceria” como também é chamado, se dá em percentual. No entanto, parece que aí na região de Uruguaiana se dá em montante fixo de sacos, que varia de 35 a 55 sacos por quadra. No entanto, mesmo não tendo variado, de fato, o preço nominal em sacos, cabe perguntar: – 1) se subiu o custo dos insumos não se alterou de um ano para outro o valor dos sacos entregue como arrendamento? (ou cada saco entregue custou mais a ser produzido e tudo na conta do plantador). 2) Se aumentou o valor recebido pelo saco de arroz na nova safra, o montante entregue também não aumentou? Por isso a matemática financeira é muito traiçoeira e se não for bem estudada lava a conclusões apressadas/equivocadas. Por isso, o Estatuto da Terra normatiza que o valor em sacos deva ser fixado em dinheiro (inciso XI, do art. 95, do Estatuto da Terra e o art. 18, do Dec. nº 59.566/1966).

  • Em ambas respostas continuo achando equivocado .
    1) o custo em sacos e sempre o mesmo . O que varia e produtividade do produtor .
    2) se considerado o valor imobilizado em terra , o custo arrendamento e o mais barato na lista de custos da lavoura.
    3) o que acontece e que e o custo mais fácil de tentar mudar , ao invés de brigar pelo que realmente levou a lavoura para o fracasso atual . Como falei e colocar nos contra nós mesmos , com uma ressalva , sem terra não tem Lavoura , e sem lavoureiro continuará tendo Arroz do Paraguai , da Argentina e do Uruguai .

  • Não querendo me alongar ao tempo que agradeço às contraposições e para que outros julguem a validade dos argumentos retorno ao tema:
    1. Para ficar mais claro temos que transformar tudo em dinheiro no início e no fim da safra;
    2. O conceito de terra é de um fator de produção e não um item de especulação – sem o lavoureiro a produção não ocorre, então atenda-o com “carinho”;
    3. Todos os itens do custo de produção podem ser renegociados – os insumos se comprados em quantidades maiores podem ter redução de até 20%; o diesel idem; as vendas em conjunto também…
    4. Enfim, ao final tudo tem que ser transformado em dinheiro, quanto vai sobrar no final. Não adianta somente produzir bem. A competência negociador também deve ser do lavoureiro, ou de um membro da família ou do técnico que lhe dá assistência técnica e gerencial. A conta tem que fechar dentro do próprio setor, senão tem que haver alguma transformação, pois depender de soluções externas é quase uma loteria.

  • Sr. Telesca, parece que ficou bem claro, de que não tens mesmo uma sugestão factível para a questão arrendamento. Tanto é que apelas ao estatuto da terra, ou em outras palavras, queres que se judicialize o assunto. Pra mim, isso não resolve, só dificulta nossas relações com os arrendadores!

  • Que bom que o senhor voltou ao tema, Sr. Walter! Todos querem receitas prontas, como no caso de uma adubação que se dá em número de sacos ou de quilos; na pulverização é dada a receita em litros ou ml. Na questão do arrendamento ou outras relações socioeconômicas isso não é possível, pois são apenas orientações para o interessado decidir, por isso podem ser consideradas “palpite”. Uma boa negociação pode ser a solução! Nos aluguéis comerciais urbanos está havendo renegociações para redução de preço ou ausência de reajuste. Porque o rural não pode reduzir(Além do mais não atende o que diz a legislação).? Há produtores que são arrendatários há anos e sempre cumpriram seus contratos e não são merecedores de um tratamento melhor? Medidas que desonerem o arrendatário ou que aumentem a sua receita. Arrendamento “porteira fechada”, uma parceria efetiva (insumos, máquinas, serviços), que já se tem exemplos. O bom que o tema está sendo levantado e espero que adentre nos dias de campo e reuniões do IRGA. Só relembrando que além do arrendamento, temos também como problemas da lavoura arrozeira a monocultura, muito imobilizado e comercialização. Veja o artigo ai embaixo “Quanto mais arroz produzimos, mais pobre ficamos”, que guarda semelhança ao que escrevo e publico há anos.

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