Semente protegida, Brusone controlada

Doença é fator limitante no Centro-oeste
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Dentre as medidas preventivas para combate à brusone, a principal doença do arroz, encontra-se o tratamento químico das sementes. Contudo, qual seria o princípio ativo mais eficiente para o controle da doença nas folhas? Em busca dessa resposta, a pesquisadora Valácia Lobo, da Embrapa Arroz e Feijão, fez o teste em uma lavoura experimental em Santo Antônio de Goiás (GO), utilizando a cultivar BRS Primavera no sistema de cultivo de terras altas. 

Os tratamentos e doses (gramas de princípio ativo por 100 quilos de sementes) foram: azoxystrobin (100g); tiofanato metílico (175g); pyroquilon (400g); pyroquilon (200g); trifloxystrobin mais propiconazole (50 + 50g); tricyclazole (225g) e carboxin mais thiram (60g).
Segundo Valácia Lobo, a menor severidade de brusone foi observada nas parcelas que receberam azoxystrobin e pyroquilon (400g). Este último, na dosagem menor (200g) apresentou resultado intermediário, bem como tricyclazole e trifloxystrobin mais propiconazole. Já o carboxin mais thiram e o tiofanato metílico não obtiveram êxito. 

De acordo com a pesquisadora, os fungicidas tricyclazole e azoxystrobin são indicados para controle de brusone via aplicação foliar. No entanto, nas últimas safras esses produtos estão sendo amplamente usados pelos agricultores no tratamento de sementes, apresentando bons resultados. É preciso atenção às novas opções de controle, uma vez que o produto (pyroquilon) mais usado no tratamento de sementes e que melhor proteção oferece às plantas não está mais disponível no mercado. 

Valácia finaliza com uma ressalva. “Os dados do experimento são preliminares, sendo necessária a comparação com outros ingredientes ativos aplicados via semente para controle de doenças do arroz. Além disso, é preciso se levar em conta a relação custo/benefício para se fazer a recomendação ao agricultor”. 

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