Sementeiros destacam sucesso da genética de arroz Embrapa aliada ao manejo e à gestão

(Por Cristiane Betemps, Embrapa) A programação técnica no estande da Embrapa na 34ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, no segundo dia, foi aberta com o Painel Produtores de Sementes Embrapa – Grãos com a apresentação de casos de três propriedades rurais que se tornaram empresas sementeiras na região sul do Rio Grande do Sul. O momento foi de partilha de dados de produção da genética de sementes de cultivares de arroz irrigado da Empresa, bem como, manejo e gestão.

Betânia Longaray, das Sementes Rancho King, de Camaquã/RS, mostrou que sua primeira iniciativa de produção e comercialização de sementes foi em 2007 e visou atender uma demanda dos produtores da região. “Daquela ano até os dias de hoje, nós fomos crescendo, e em 2021, investimos em casas de vegetação e áreas experimentais. Temos um laboratório de análises de avaliação da qualidade interna do nosso produto para sabermos o que estamos entregando ao nosso cliente. Ao longo desses anos fomos conhecendo a realidade dos produtores”, contou.

A Rancho King faz a entrega de no mínimo 210 scs/ha, possuindo médias muito altas de produtividade com as cultivares da Embrapa, BRS Pampeira com 258 scs/ha e a BRS Pampa CL com 232 scs/ha. A propriedade faz parceria com a Embrapa para produção de sementes de soja, milho e arroz.

José Mathias Bins Martins falou da atuação da Sementes Cavalhada, de Mostardas/RS, que iniciou com uma propriedade de sucessão familiar, desde 1937, com o plantio de arroz. Com quase 90 anos de atuação, a propriedade virou uma sementeira, uma empresa que investe fortemente na conservação do solo vivo, trabalha com plantio direto e com a pecuária – é benéfica para firmar a superfície do solo, ciclar nutrientes e gerar outra fonte de renda – já que Martins se fixou em trabalhar com ênfase na fertilidade do solo para arroz e soja. Ele comentou que viu nas lavouras demonstrativas do evento da Abertura da Colheita deste ano, plantas de arroz com a extensão de sua raiz. “Precisamos olhar para baixo, a terra, onde a cultura está enraizada, nossa empresa está focada na qualidade do solo”, destacou.

Mas, a Cavalhada também está atenta a produtividade e segundo ele, os resultados dos experimentos de arroz safra 2022/23 mostraram uma produtividade da BRS A 704 com 287,7 scs/ha; da BRS Pampeira com 285,6 scs/ha e da BRS A706CL, com 284 scs/ha. “Apostamos na parceria com a Brazeiro Sementes e vamos colocar a BRS A706CL em experimentação em duas condições de tratamento, já que ela indicou uma performance genética surpreendente e está cada vez mais nos motivando”, falou.

A terceira e última fala do painel ficou por conta do Geraldo Condessa Azevedo, das Sementes Condessa, de Mostardas/RS que falou do histórico e atuação da empresa sementeira, ao investir ao longo de sua trajetória em manejo e gestão na propriedade, preocupando-se com o tripé social, ambiental e econômico. A Condessa investe em lavouras e sementes de arroz e de soja. Em 2023, ela foi indicada como a terceira maior sementeira do sistema clearfield do Brasil.

O painel foi moderado pelo pesquisador Ariano Martins de Magalhães Júnior, da Embrapa Clima Temperado, que expôs nas lavouras demonstrativas do evento seu portfólio de cultivares de arroz irrigado para terras baixas em Capão do Leão/RS.

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