Seminário na Fenarroz avalia a safra 2015/2016 e projeta soluções para a próxima

 Seminário na Fenarroz avalia a safra 2015/2016 e projeta soluções para a próxima

Participaram mais de 150 pessoas entre produtores e técnicos

A Fenarroz, em sua 19ª edição, é um misto de festa, feira de negócios e palco para debates de toda a cadeia produtiva com instituições públicas e privadas.

Manejos de plantas daninhas, soja em várzea, projeto Soja 6000, cultivares Irga, doenças e prognóstico climático para a safra 2016/2017 integraram os temas do 9º Seminário do Arroz Irrigado, promovido pela Coordenadoria Regional da Depressão Central do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), nesta terça-feira (24). O evento, que recebeu mais de 150 participantes, entre produtores e técnicos, foi realizado durante o primeiro dia da Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), no auditório Ito Zimmer, junto ao ginásio de esportes do Parque de Exposições, em Cachoeira do Sul.

A Fenarroz, em sua 19ª edição, é um misto de festa, feira de negócios e palco para debates de toda a cadeia produtiva com instituições públicas e privadas ligadas ao setor e ocorre até domingo (29). O Irga, o principal parceiro da feira, participa ativamente da programação técnica do evento. Nesta quarta-feira (25), no auditório Ito Zimmer, a partir das 10h30min, ocorre reunião da Câmara Setorial do Arroz.

A partir das 14h30min, ocorre o painel Qualidade do Arroz e Melhoramento Genético, com a participação do melhorista do Irga, Antônio Rosso e do diretor Técnico, Maurício Fischer. O diretor comercial do Irga, Tiago Barata, também participa de debate sobre mercado juntamente com o gerente do Projeto Brazilian Rice, Gustavo Ludwig, a partir das 15h30min.

Estande institucional do Irga

O coordenador Regional da Depressão Central, Pedro Hamann, explica que foram apresentados ao público do seminário, os resultados da safra 2015/2016, com enfoque no 4º Nate de Cachoeira do Sul, e os problemas climáticos ocorridos desde o preparo do solo, plantio e colheita, principalmente climáticos com muitas enchentes. Segundo ele, a Depressão Central foi uma das regiões mais atingidas, o que trouxe reflexos diretos na colheita e, consequentemente, na produtividade do arroz. Também foi abordado o plantio da soja em rotação com o arroz, que aumentou a área em relação aos anos anteriores. “Mostramos o que foi feito em transferência de tecnologia, roteiros técnicos, dias de campo, palestras técnicas e outras atividades a campo”, ressalta.

Segundo Hamann, a colheita em Cachoeira do Sul atingiu nesta semana 98,6% da área plantada, com uma produtividade média de 6.190 quilos por hectare, inferior aos 7.099 quilos por hectare colhidos no ano passado, devido a problemas como atraso no plantio e áreas afetadas pelas enchentes. A colheita da soja também está praticamente fechada e a expectativa é de manter a média de produtividade do no passado. “O Irga está presente no parque com seu estande institucional e presta ainda, apoio no restante da programação técnica da feira que vai até domingo”. Nesta quarta-feira (25), pela manhã, ocorre ainda, junto à feira, reunião do Comitê Operacional do Programa Soja 6000.

Durante o 9º Seminário, o doutor em fitossanidade com ênfase em Herbologia da Divisão de Pesquisa do Irga, André Ulguim, falou sobre a importância do manejo da planta daninha. “A utilização de mais de uma técnica de controle pode se tornar uma prática eficiente ao arroz”, disse. Segundo ele, preparo antecipado do solo, rotação de culturas (soja), uso de sementes certificadas, controle da planta ainda pequena, irrigação logo após a aplicação definitiva do herbicida, todas estas práticas juntas, constituem-se em Manejo Integrado de Plantas Daninhas (MIPD). “Estas são as práticas mais fáceis de executar e que obtêm melhor resposta, ou seja a probabilidade de sucesso é maior”, ressalta.

Ele indica o uso destas práticas para evitar novos casos de resistência, que é um problema atual. “Esses e outros manejos reduzem a probabilidade de seleção de novas espécies de plantas daninhas”.

Em seguida, o engenheiro agrônomo Ricardo Tastch, falou sobre os principais manejos para o sucesso da soja na várzea, entre eles, isolamento da várzea da coxilha, quebra da resistência à penetração (camada compactada), correção do relevo, coleta de amostras de solo para um plano de adubação, distribuição de fertilizantes (dosagens por hectare), além do uso de tecnologias como a camalhoneira e irrigação por politubos, entre outros.

A agrônoma Mara Grohs, falou sobre os quesitos básicos para a seleção de uma cultivar, abordando as características das principais cultivares do arroz irrigado, como a Irga 424 e 424RI, 429, 430 e 426. Segundo ela, devem ser levados em consideração critérios como sistema de cultivo, ciclo, condições da área como a presença ou não de arroz vermelho, época de semeadura, produtividade e exigências da indústria.

O engenheiro agrônomo fitopatologista Cláudio Ogoshi, falou sobre o Manejo de Doenças, principalmente o brusone, a principal doença do arroz irrigado e que avançou nas áreas arrozeiras do Rio Grande do Sul, nos últimos cinco anos. O meteorologista Glauco Freitas falou sobre as principais peculiaridades e diferenças dos anos de El Niño para os de El Niña e anos normais e orientou os produtores sobre como usar os modelos climáticos para proteger suas produções destes fenômenos climáticos.

Ao final do seminário, foi realizada reunião do Conselho Deliberativo da Depressão Central, com a presença de 12 conselheiros. Durante a reunião foram apresentados os números obtidos até agora na safra 2015/2016 da região, discutidos os problemas ocorridos e encaminhadas possíveis soluções para a próxima safra.

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