Sistema apresenta Feijão como cultura alternativa para segunda safra
O engenheiro agrônomo e gerente de tecnologia agronômica da Agro Norte, Alencar Rheinheimer, afirma que o método é uma opção lucrativa ao agricultor, que poderá incrementar a renda com a produção de duas culturas: arroz e feijão.
A técnica que utiliza o plantio de arroz seguido do cultivo do feijão será um dos sistemas de produção apresentados aos produtores no 16º Dia de Campo Agro Norte, que será realizado no dia 14 de abril, em Sinop.
O engenheiro agrônomo e gerente de tecnologia agronômica da Agro Norte, Alencar Rheinheimer, afirma que o método é uma opção lucrativa ao agricultor, que poderá incrementar a renda com a produção de duas culturas.
“O lucro é uma das vantagens apresentadas por este sistema de produção que prevê o plantio do arroz em outubro e o do feijão em fevereiro, uma vez que o produtor terá uma alternativa diferenciada de produtos que poderá oferecer ao mercado em diferentes períodos”, explica.
De acordo com o engenheiro agrônomo, o arroz deve ser semeado no início das chuvas, quando o solo apresenta boas condições de umidade.
“Em nossa região essa situação ocorre no mês de outubro. O Arroz Cambará, desenvolvido pela Agro Norte, quando é semeado neste período pode produzir até 5,5 mil quilos por hectare, o que é um ótimo negócio para o bolso do produtor, devido à venda do grão, e um benefício para o solo devido à grande capacidade de produção de palhada para o sistema”, informa.
O Cambará deve ser colhido a partir de janeiro, com ciclo de 105 dias. Após a retirada do arroz, o sistema de produção se completa com o plantio do feijão.
“Depois de colher o arroz, o produtor ainda terá até meados de fevereiro para poder cultivar a segunda safra e obter sucesso, que neste caso, seria com o cultivo do Feijão IPR 139, que apresenta maior resistência à ausência de chuvas e tolerância a altas temperaturas na floração e pode atingir rendimento superior a 3 mil quilos por hectare”, exemplifica Rheinheimer.
Os índices de produtividade e a qualidade do grão fazem com que o IPR 139, que possui um ciclo de 90 dias, tenha boa aceitação no mercado.
“Em condição de safrinha, sua qualidade se mantém e, como está em cima da palhada do arroz, as vagens dificilmente tocam o solo, porque a variedade se apoia nos restos de caule da cultura antecessora, mantendo o baixeiro limpo, livre de respingos de solo ocasionados pelas chuvas, o que dificulta a entrada de doenças que possam gerar danos à cultura. A colheita também é beneficiada com esse sistema, pois além da cultivar ter porte ereto, a palhada também facilitará na colheita direta da cultura”, explica o gerente de tecnologia agronômica da Agro Norte.
Além da produtividade e aumento de lucro, o sistema apresenta outras vantagens ao produtor e ao meio ambiente.
“O sistema também evita a dupla monocultura Soja/Milho, gerando saúde ao solo, pois se tem diferentes culturas incorporadas ao sistema, que ainda melhora os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, propicia uma colheita escalonada em janeiro e maio, na qual o maquinário está ocioso, maximiza o negócio com o melhor aproveitamento de máquinas, infraestrutura e mão de obra. Além de o produtor ter a possibilidade de colher duas safras dentro de um período de 200 dias”, destaca Rheinheimer.
O 16º Dia de Campo Agro Norte, começa a partir das 07h30 e será realizado na sede da empresa localizada na BR 163, Km 841, saída para Alta Floresta.