Solenidade oficial marca o início da colheita de arroz no estado

A solenidade de abertura simbólica da 20ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, realizada neste sábado, dia 27 de fevereiro, reuniu um público de mais de 5 mil pessoas no Parque de Exposições do Sindicato Rural dos Produtores e Arroz de Camaquã (RS).

A solenidade de abertura simbólica da 20ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, realizada neste sábado, dia 27 de fevereiro, reuniu um público de mais de 5 mil pessoas no Parque de Exposições do Sindicato Rural dos Produtores e Arroz de Camaquã (RS).

O secretário Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, João Carlos Machado, que representou a governadora Yeda Crusius nesta edição do evento, pilotou uma das duas colheitadeiras colocadas à disposição das autoridades convidadas acompanhado dos presidentes da Federação das Associações dos Arrozeiros do RS (Federarroz), Renato Rocha, Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer e Farsul, José Carlos Sperotto, antecipando o ato simbólico da Salva de Arroz, que indica fartura e prosperidade.

A seguir, a comitiva, que também incluiu o superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no RS, Francisco Signor, o prefeito de Camaquã, Ernesto Molon, o presidente da Assembléia Legislativa, Giovani Cherini, e os deputado federais Luis Carlos Heinze e Afonso Hamm, se dirigiu à mesa das autoridades instalada sob o lonão, onde foi oferecido um carreteiro para 2 mil pessoas, preparado pelo coordenador regional do Irga no Litoral Norte, José Gallego Tronchoni.

O cerimonial foi aberto com uma mensagem da governadora, gravada em vídeo, parabenizando toda a cadeia produtiva do arroz por mais uma Abertura da Colheita. O presidente da Federarroz, Renato Rocha abriu a sessão de pronunciamentos manifestando sua solidariedade a todos os produtores e lembrando que o setor está colhendo uma safra com prejuízo e quem vai pagar a conta é o setor produtivo.

De imediato, Renato Rocha cobrou do governo federal a liberação de recursos que já estão protocolados o pleito R$ 250 milhões, que estão divididos em crédito emergencial, R$ 2.500,00 por produtor por hectare perdido, rebate de custeio e investimento de 2010/11 e também recursos para a reconstrução das propriedades.

Ele também solicitou mecanismos de comercialização para que sejam garantidos os recursos em igual número e volume do ano passado para que os produtores tenham sustentação econômica no momento da comercialização da safra. Rocha convocou a criação de uma força tarefa gaúcha, incluindo lideranças políticas em favor da lavoura e dos produtores para acelerar a liberação destes recursos e a garantia dos mecanismos para comercialização da safra. “Também é o momento para pedirmos a revisão da política agrícola, além de ajustes no seguro agrícola – que tem muitos aspectos a serem corrigidos -, e acesso ao crédito a todos os produtores indistintamente”, destacou.

A questão do crédito agrícola levantada por Rocha foi retomada pelo presidente da Farsul, Carlos Sperotto, Ele informou que R$ 40 bilhões destinados a esta modalidade de financiamento aos produtores deixaram de ser utilizados para a finalidade a que foram destinados. O deputado Luis Carlos Heinze também reforçou as demandas da Federarroz, sobretudo no tocante a questão da comercialização da safra, lembrando a lavoura gaúcha de arroz nesta safra registrou perdas totais em 70 mil hectares. Estas perdas, segundo ele, correspondem a R$ 600 milhões.

O superintendente do Mapa/RS, Francisco Signor, garantiu que não faltarão esforços para atender as demandas do setor, sobretudo em relação à comercialização da safra. Signor reiterou o apoio do Mapa e da Superintendência para interceder junto à Casa Civil, ao Ministério da Fazenda nas demandas do setor produtivo do arroz.

O secretário Estadual da Agricultura, João Carlos Machado, natural e Camaquã, expressou seu apoio a todos os produtores que sofreram perdas nesta safra e garantiu que o governo estadual continuará se empenhando na liberação de recursos para o setor. A solenidade foi encerrada pelo prefeito de Camaquã, Ernesto Molon, que manifestou sua gratidão pelo município voltar a ser sede da Abertura da Colheita em 2011.

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