Sustentabilidade em pauta na 24ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz
Viabilidade da orizicultura será o eixo principal dos debates, exposições e dinâmicas agrícolas em Mostardas (RS).
Promovida pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e Associação de Arrozeiros de Mostardas e Tavares, a Abertura da Colheita acontecerá no Parque Zé Terra, do Sindicato Rural de Mostardas, local dos cursos, oficinas, palestras, debates e exposições. No Parque Municipal de Eventos, ao lado, foi instalada a Vitrine Tecnológica, apresentando a dinâmica de manejo de culturas alternativas e integração lavoura-pecuária com nove empresas expositoras, bem como a lavoura oficial, que será palco do ato de abertura da colheita. Este espaço é um grande laboratório de pesquisas a céu aberto, que projeta a transferência de tecnologias às lavouras gaúchas como forma de ampliar o nível de excelência consolidado em mais de um século de cultivos no Estado.
As palestras abordam sistemas de produção em áreas de arroz, entre outros temas relevantes, passando por questões fundamentais e estruturais da lavoura – como a preservação ambiental, manejo de agroquímicos e tecnologias limpas, e a competitividade da produção de arroz irrigado -, e nos mercados interno e externos, o marketing para o setor alcançar melhores resultados e rentabilidade, como a possibilidade de criação de um selo de qualidade para o arroz gaúcho e o enfoque em maior eficiência nos processos de logística para exportação e políticos, para ampliar e consolidar mercados, bem como assegurar a competitividade do arroz gaúcho.
No dia 22, após o ato solene de abertura da safra brasileira, será a vez da cadeia produtiva determinar sua pauta ao longo de 2014, com os governos estadual e federal, deputados e demais representantes políticos: “A lavoura de arroz, mesmo com toda a eficiência que demonstra, depende de decisões políticas e macroeconômicas, o que cria a necessidade do debate pelo setor de seus problemas e suas fortalezas, com a cadeia produtiva, pois não há produtor sem indústria e consumidor, e com as instâncias políticas, o que acaba determinando a agenda de discussões e reivindicações ao longo do ano em busca de uma política agrícola mais adequada”, dizo presidente da Federarroz, Henrique Osório Dornelles.
A 24ª edição da Abertura Oficial da Colheita do Arroz terá perfil mais técnico, com enfoque nas ações de tecnologia e mercado, além de conjunturas que afetam direta ou indiretamente a lavoura: “Todos os temas são relevantes, razão pela qual esperamos cerca de 10 mil visitantes em Mostardas neste período”, acrescenta o presidente da Associação de Arrozeiros local, Alexandre Velho.
A programação oficial pode ser obtida em www.federarroz.com.br .
2 Comentários
E que se discuta uma forma de sustentabilidade dos preços durante a colheita… O preço caiu Um Real em uma semana… Se seguir nesse ritmo volta a R$ 32 em seguidinha… E dizem que a indústria e o governo estão ao lado do produtor… Baita piada… Vão tratar de comprar arroz barato daqui até maio… E o pessoal fazendo festa em Mostardas… E todo ano isso… 50% da safra será comercializado nos próximos 4 meses… E mais uma vez o produtor ficará a ver navios… PLANTANDO PELA BÓIA !!!
E tem gente que festejou as vendas que a Conab fez na véspera da safra. Faço uma perguntinha simples: o que será que é melhor para o produtor, entrar na safra nova com 40 por saco ou 35 já que, como diz o colega Flavio, 50% da safra será vendido nos próximos 4 meses e por isso o preço cai?
E tem gente que continua querendo aumento do preço mínimo para que tudo continue assim no futuro.
Quanto a isso concordo com o que diz o colega Fernando Hoerbe sobre o assunto: o melhor seria a extinção do preço mínimo. Aliás defendo isso há muitos anos. Até em debate público numa abertura de colheita em Agudo há muitos anos atrás participei. Mas até hoje os que defendem a manutenção da PGPM não têm argumentos para me convencer do contrário. Mas como sabemos que extinguir eles não vão, então que se pare de reajustá-lo, exatamente como quer o governo. Só precisamos concordar com isso.
Agora, só nos resta ver o que vai ocorrer no resto do estado com relação à queda substancial de produtividade que está ocorrendo aqui na Fronteira Oeste, provavelmente como consequência das elevadas temperaturas ocorridas no período de floração do nosso arroz. E esperar que esta quebra se reflita em melhores preços, e assim possamos ainda ter alguma esperança de lucro em nossa atividade.