Tailândia e Vietnã vão abastecer as Filipinas

Países têm os dois maiores estoques disponíveis ao mercado no mundo.

Segundo e terceiro maiores exportadores de arroz do mundo, a Tailândia e o Vietnã, vão embarcar um total de 750 mil toneladas de arroz (base casca) para atender a demanda das Filipinas. Atingida por problemas climáticos na safra passada, Filipinas precisou ampliar a sua dependência de produto dos vizinhos asiáticos.

A escolha aconteceu perante concorrência pública e ambos os países apresentaram proposta com valores iniciais abaixo a da referência do leilão. Serão adquiridas – para embarque gradual de novembro/15 a março/16 – 450 mil toneladas do Vietnã com preço referencial de US$ 426,60 por tonelada, quase cinco dólares abaixo do valor proposto inicialmente.

A Tailândia exportará 300 mil toneladas por US$ 426,83, ou US$ 3,15 abaixo do preço inicial. A presença de secas na Ásia, que comprometerão as produtividades mesmo nos grandes países exportadores, vem movimentando o mercado internacional. A Tailândia está fazendo um esforço para se desfazer de um excedente de 17 milhões de toneladas remanescente de outras safras.

No entanto, neste volume há´pelo menos 20% de arroz aromático e outros 30% de grãos médios ou curtos. O cereal branco, em casca, representa praticamente a metade do volume.

No entanto, depois de vender perto de 4 milhões de toneladas do cereal nos leilões realizados desde fevereiro, a Tailândia anunciou que perto de 8 milhões de toneladas do produto é impróprio para consumo humano devido a precariedade do armazenamento, e que boa parte deste volume será comercializado para uso em ração animal e/ou produção de etanol, com preços muito baixos. Isso ajudou a frear a queda desencadeada nos preços na Ásia em razão das grandes safras regionais e, especialmente, retirar a pressão de oferta daquele mercado.

Oito milhões de toneladas representam 20% de todas as transações internacionais do arroz. Agências internacionais também informaram nesta quinta-feira que cerca de 30% da área da Tailândia será afetada por secas devido ao fenômeno meteorologico El Niño.

O país, que produziu 25 milhões de toneladas na temporada passada, poderá registrar uma queda de até 3,5 milhões de toneladas nos seus volumes de produção, uma baixa expressiva. O maior exportador mundial é a Índia, há três anos seguidos.