Te Mexe, Arrozeiro! convoca mobilização para Restinga Sêca
Assembleia pública de arrozeiros acontecerá no Centro de Eventos quarta-feira, dia 31 de janeiro.
Se a lavoura de arroz vive uma das suas mais sérias crises, com o agravante de que desta vez o custo de produção é muito mais alto que os preços médios, a solução passa obrigatoriamente por uma grande mobilização setorial. O conceito é defendido pelo movimento Te Mexe, Arrozeiro!, que elaborou a Carta de Cachoeira em 2015, perdeu fôlego, e agora reavivou para protestar contra a crise do setor.
Todos os arrozeiros, familiares, técnicos e interessados na cadeia produtiva estão sendo convocados para um grande protesto e assembleia geral pública na próxima quarta-feira (31) no Centro de Eventos de Restinga Sêca para uma grande concentração setorial. A expectativa é de reunir entre 3 e 4 mil produtores, segundo um dos líderes do movimento, o secretário da Agricultura e Pecuária de Restinga Sêca, Cláudio Roberto Possebon.
"A assembleia pública vai decidir a pauta de reivindicações. O certo é que precisamos resolver com urgência a questão da comercialização, pois a nova safra está chegando. As questões de custos, tributos, logística são questões para a próxima safra que serão tratadas, mas temos alguns meses", afirma André Tonetto, presidente da Associação de Arrozeiros de Restinga Sêca.
Consideram que a securitização das dívidas em patamares que permitam o pagamento e o acesso ao crédito oficial, são determinantes para o futuro da lavoura. "Chegamos ao fundo do poço e o governo não pode mais se omitir", acrescenta Ademar Pinto Kochenborger, o presidente da União Central de Rizicultores (UCR),a mais antiga associação arrozeira gaúcha.
Alexandre Velho, vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) afirma que a entidade considera o movimento legítimo, importante e com capacidade de fortalecer inúmeros pleitos encaminhados às diversas esferas federais e estaduais, inclusive à Justiça. "A base da lavoura mobilizada é o que queremos e precisamos. Os produtores precisam ser ouvidos. Esperamos que a mobilização avance em ótimo nível", destaca.
Velho também antecipa que no dia 23 de fevereiro, durante a Abertura Oficial da Colheita do Arroz, em Cachoeirinha (RS), haverá uma reunião pública na qual cada produtor arrozeiro terá livre acesso para se manifestar e auxiliar na tomada de decisões. "O objetivo é ampliar a mobilização popular", reconhece. Para o dirigente, outros setores do agronegócio que estão passando por dificuldades deverão se integrar ao movimento. Lembra, ainda, que no Uruguai todos os segmentos agropecuários iniciaram uma onda de protestos que alcança todo o país.
1 Comentário
Não espero mais nada desses governos comunistas, populistas, socialistas… O Mercosul acabou com nossa lacoura e tem o apoio deles… Quebraram com nossa agricultura em detrimento da industria nacional… Defendem os grandes conglomerados econômicos, mas se dizem defensores dos pobres… Tudo isso é uma grande farsa… Tolos são aqueles que acreditam em politicos e governantes… Somente um nacionalista com projetos expansionistas e de defesa do produtor nacional pode mudar esse cenário!!! Não adianta minha gente… faz 7 anos que comento aqui… se nao tiver renda/lucro nao tem como plantar… Mas dai o pessoal planta e fica esperando por milagres!!! Do governo não virá!!! Só querem aumentar impostos prá pagar os credores e especuladores!!! O maior protesto seria deixar faltar comida… Reduzir área… O produtor tem muita culpa pelo que está acostecendo… Mas e dai… O que farão??? Passarão fome!!! O ambiente é de muitas incertezas pessoal!!! Securitizar??? Prá quê??? Pra seguir produzindo e vendendo por migalhas??? Tudo passa por uma grande mudança, social e politica… Bolsonaro vai limpar com os picaretas e mutreteiros!!! Até lá vai ser uma choradeira e quebradeira só!!!