Toda pesquisa tem de ir aonde o povo está!
“Há lavouras que batem 15t por hectare”
A rizicultura brasileira – seja ela irrigada, de sequeiro, em ambiente temperado ou tropical – está entre as mais produtivas e que gera grãos de melhor qualidade de consumo e industrial do mundo. Esta é uma condição que nasceu há mais de um século, mas ganhou impulso a partir da revolução verde e da adoção de variedades de baixo porte, no final dos anos 1970, graças aos centros de pesquisa. Embrapa, Irga, Epagri, Epamig, IAC, muitos baseados no material genético do Ciat e Irri, conseguiram desenvolver variedades importantes, adaptar o manejo e o ambiente de produção e colocar-se entre os melhores do mundo.
Se todo o artista tem de ir aonde o povo está, a pesquisa também. E a partir dos anos 2000 as produtividades deram um salto, tanto pelo desenvolvimento de materiais genéticos de alta expressão produtiva e características como resistências e tolerâncias às doenças, herbicidas, frio, insetos ou a evolução do manejo. Com isso, mudaram a relação de impacto ambiental. Menos água, menos gases do efeito estufa emitidos. Não por acaso, há lavouras que em alguns quadros batem nos 15 mil kg/ha. É por causa da pesquisa e da disseminação do conhecimento no setor. E de produtores alinhados com a inovação e a evolução.
Se as sementes trazem alta tecnologia embarcada, o conhecimento do manejo do solo, da irrigação, da drenagem, das plantas e de cada etapa de produção, do pré-plantio até a pós-colheita e a comercialização, permitem que se expressem na forma de qualidade e quantidade. Quem “embarca” estas tecnologias, seja nas sementes ou cotidiano de cada processo, e forma a elite científica da cultura do arroz estará debatendo e trocando conhecimentos sobre as técnicas aperfeiçoadas, expondo estudos que elucidam dúvidas, descobertas e novidades para que tenhamos uma lavoura mais produtiva, rentável, sustentável no futuro. O 13º Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado será de 12 a 15 de agosto, em Pelotas (RS). A lavoura espera ansiosa. E agradece.
