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Agronômica tem maior produtividade do mundo.
Os produtores catarinenses Moacir Warmling, de Rio do Sul, e Olímpio de Paula, de Agronômica, ambas em Santa Catarina, têm em suas lavouras de arroz produtividade de até 14,4 mil quilos por hectare, volume de grãos dificilmente alcançado em qualquer lugar no mundo. Olímpio de Paula é técnico agrícola da Epagri de Santa Catarina e em sua região a média de produtividade chega a 12 mil quilos de arroz por hectare.
Segundo os dois produtores, algumas metas devem ser perseguidas em busca da alta produtividade, como o número de panículas por metro quadrado de lavoura e o número de grãos por panícula. O conjunto de números segue linhas que resultarão na alta produtividade, em média 15 mil quilos de arroz por hectare. O peso de mil grãos de arroz é um dos indicadores. A meta é alcançar entre 28 gramas e 30 gramas a cada mil grãos.
A esterilidade dos grãos é outra preocupação dos catarinenses. “Em média, os grãos falhados devem ficar abaixo de 10%”, observa Olímpio de Paula. Um teste simples que normalmente é feito ainda na lavoura é colher aleatoriamente uma pequena quantidade de grãos e jogá-los na água. Quanto menor o número de sementes que ficar boiando, menor será o indicador de esterilidade. Testes mais rígidos podem ser feitos com uma solução mais densa, como, por exemplo, água com sal, onde somente os grãos perfeitos irão afundar.
Menos palha e mais arroz
Segundo Olímpio de Paula, que há 30 anos planta arroz, o índice de colheita na orizicultura brasileira evoluiu nos últimos anos. A média geral da lavoura é 40% de grãos e 60% de palha. O catarinense observa que novas cultivares estão permitindo uma maior quantidade de arroz, 53% a 54%, enquanto a parte de palha fica entre 47% e 46% da biomassa produzida na lavoura.
Os 10 mandamentos de Agronômica
1 – Uso de cultivares de arroz com alto potencial produtivo
2 – Dedicação dos produtores, não só durante o ciclo da cultura, mas também nas entressafras
3 – Condições ambientais favoráveis
4 – Sistematização e nivelação da área
5 – Adequada nutrição das plantas
6 – Manejo eficiente do solo e da água
7 – Épocas de semeadura, aproveitando o período de maior luminosidade com o início do primórdio floral até a floração
8 – Controle de plantas daninhas e pragas
9 – Densidade de semeadura de acordo com a cultivar
10 – Integração de produtores, técnicos e cooperativas
Fonte: Olímpio de Paula