Trabalhadores do arroz podem parar atividades
Uma grande mobilização será feita nesta semana, a fim de sensibilizar os trabalhadores e fazer com que a classe patronal volte a discutir a proposta feita pelo sindicato.
Os mais de 1,3 mil trabalhadores que atuam nas indústrias de arroz da região – Criciúma, Forquilhinha, Meleiro, Turvo, Jacinto Machado, Araranguá – ameaçam parar suas atividades. Uma grande mobilização será feita nesta semana, a fim de sensibilizar os trabalhadores e fazer com que a classe patronal volte a discutir a proposta feita pelo sindicato.
A reivindicação de 5% de ganho real, 6,30% de inflação, abono de R$ 600 no retorno das férias e melhorias nas condições de trabalho, não foi acatada pelos patrões na segunda rodada de negociação, realizada no último dia 24.
Eles ofereceram somente 6,30% de inflação e banco de horas para os trabalhadores. Segundo Célio Elias, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores, não foi marcada mais nenhuma reunião e, sem avanços, o caminho é a paralisação.
“Com esse banco de horas, ao invés dos trabalhadores ganharem vantagens, eles vão perder. A gente é contra essa medida. A classe patronal não perde a mania de querer continuar com sua exploração em cima dos trabalhadores, mas não vamos deixar. Vamos fazer um enfrentamento, junto com toda categoria”, afirma.
De acordo com Elias, o sindicato patronal alega a crise para não atender às reivindicações, mas, segundo ele, a crise está ligada diretamente ao próprio produtor e não à indústria. “Com isso, eles também estão tendo vantagens, pois compram o produto com valor baixo dos produtores e ganham mais em cima quando vão exportar”, diz.
A equipe de reportagem do Clicatribuna tentou ouvir o advogado da classe patronal, Evaldo Fiorini, sobre o assunto, mas ele não atendeu às ligações.