Tufão gerou perdas de quase 2 milhões de toneladas nas Filipinas

Volume representa cerca de 10% da produção daquele país.

As perdas de produção nas plantações de arroz nas Filipinas devido ao tufão Haiyan são estimadas em quase 2 milhões de toneladas ou 10% da produção de arroz em casca anual no país – de cerca de 18 a 20 milhões de toneladas. Perdas de colheita foram limitadas porque a maioria da safra de arroz da estação chuvosa foi colhida antes de o tufão atingir as Filipinas. Contudo, as estimativas finais serão conhecidas depois de um estudo detalhado, de acordo com o International Rice Research Institute Filipinas (IRRI).

As Filipinas têm como alvo produzir 20 milhões de toneladas de arroz em casca em 2013, cerca de 11% superior as 18 milhões de toneladas produzidas em 2012.

16 Comentários

  • Aqui no rio grande do sul chove sem parar , quase 3 semanas sem se plantar praticamente nada, ainda faltam 20% da área que será terminada em dezembro, fora as áreas a serem replantadas, exportações em alta…. Acho que os industriais baixistas de plantão se não começarem a rever sua estratégia de ganhar somente em cima da matéria prima ficarão mais um ano reclamando e sonhando em comprar arroz a 10 dólares . OLHO VIVO PESSOAL a época do arroz barato está acabando…

  • Pois é amigo, acho que voce tem razão, mas “o patrão de todos nós” é o consumidor, se ele aguentar pagar reajustes lá na ponta da gondola, parabéns.
    Se não aguentar, infelizmente as altas vão ter que estancar.
    É simples deste jeito; mas vocês tem sempre espaço para soja na várzea não é mesmo?
    E embora o mercado exterior esteja mais favorável a exportar para outros países do que para o Brasil, porque no momento o Brasil não está tão comprador assim por simples questão de custo, se o Brasil(vocês) segurar demais a oferta para a indústria, ela vai ser forçada a ir buscar nem que seja a custo maior no estrangeiro, onde certamente vai conseguir comprar tudo e quanto mais precisar, e aí vocês podem vender o arroz lá para o ano que vem não é? Se achar comprador, pois neste caso a maioria estará de “barriga cheia”..
    E cada vez mais o importador vai criando força aqui dentro…vocês precisam rever esta estratégia simplista de sentar em cima do produto, isso é pré-histórico e revela falta de sabedoria na condução do seu negócio.

  • Por isso não confio nem na indústria e nem no governo… Sr. Anderson…É isso que ela faz quando está acoada… IMPORTA O QUE NÃO É NECESSÁRIO… Principalmente as grandes que comandam o mercado nacional… Lembro bem que em 1994 o preço estava em R$ 8,00 (cerca de U$ 10 na época)… Havia sobra de arroz interno, mas mesmo assim entupiram os portos do país, tudo para forçar os preços para baixo… Vendemos arroz por 2 anos a R$ 8,00… Estávamos falidos (fazendo Pesa e securitização) e a indústria nos sugando… Construiram grandes estruturas, enriqueceram e nós ficamos com contas para pagar até 2025… Dessa forma caro amigo, eu pelo menos, senti ali que a palavra união dificilmente existirá entre produtor-indústria e governo… Quando as importações deixaram de dar o lucro esperado criaram tabelas (alguns chamam de orelhanas) para cobrar mil e um descontos… rendimentos diferenciados… frete… quebrados… secagem… armazenagem… tudo passou a ser descontado do produtor… os custos de produção triplicaram… Então meu amigo Anderson não espero coisa diferente da indústria, que com certeza preferirá importar e pagar mais caro, do que remunerar justamente o produtor… Apenas para lhe informar se o Sr. ainda não sabe… A colheita foi fraquissima ano passado (não existe muito arroz para sentar em cima) e as exportações estão aumentando porque os gringos sabem valorizar a qualidade do nosso produto… Parem com essa conversa de que o povão não paga mais de R$ 2 o quilo… É uma pena nossos Portos serem deficientes… Senão iam ter que importar muito arroz mesmo… Nós não engolimos mais esse blá-blá-blá… Tudo sobe na prateleira… As pessoas que comem arroz e feijão vão seguir comendo… essa de substituição não cola mais… Mostrem dados de consumo no país e eu calo meu bico!!! abraços…

  • Deixa ver se entendi o Sr.Anderson: “…..o consumidor, se ele aguentar pagar reajustes lá na ponta da gôndola”! Mas que palhaçada!!! Nem troco tem mais para um Kg de arroz! R$1,50/Kg é um deboche! Para a Coca-cola a R$5,00 não falta dinheiro para o consumidor, nem para a cerveja a R$4,50 quente na gôndola, nem para comprar celular a R$1.500,00, boné de grife a R$50,00, tênis de marca a R$300,00, gasolina a R$3,00, ingresso de futebol a R$80,00 e …….. e ……. e…. e infinitos exemplos para comprovar que tem poucos na cadeia do arroz ganhando um monte de dinheiro em cima do trabalho dos arrozeiros. Se em 2003 nós arrozeiros vendemos arroz a R$40,00 e hoje o nosso teto é TABELADO em R$34,00, temos mesmo que plantar soja.

  • As pesquisas estao ai disponiveis na internet, 7 entre cada 10 brasileiros nao se importam com o preço na hora da compra pois o arroz é tao barato que escolhem qualidade.Os 30% que compram pelo preço sao de classe baixa que compram arroz tipo 2 ou abaixo. Ou seja o arroz irrigado do sul de alta qualidade pode remunerar 40 reais e o fardo subir , que os consumidores desse produto continuarao comprando.

  • Fecho com o Sr. Fernando, o negócio é migrar para o plantio do soja, é lá que que está a demanda, é lá que o preço aumenta, é lá que ganha-se dinheiro. Migrar o plantio de 10% do arroz para o soja, o resultado nos preços será outro.

  • Simples ou o consumidor vai se acostumar a pagar R$2,00/kg a não ser que o governo faça uma formula magica de baixarmos custos (vem ai aumento de combustiveis) ou vai acabar comendo arroz importado (grão curto, híbrido americano, etc…) porque nós vamos plantar SOJA.
    E pra quem ta dando risada com as chuvas torcendo para prejudicar nossas lavouras de soja, sinto dizer que pouco foi plantado e a previsão é de chuvas normais, para desespero de alguns teremos SUCESSO novamente com a nossa SOJA NA VÁRZEA no lugar do arroz.
    SOJA NA VÁRZEA NELES!!!!

  • Boa tarde Sr Flávio.
    Este seu resumo dos últimos 25 anos de lavoura de arroz foi brilhante.
    São posturas e conhecimentos como estes que temos que repassar para os colegas arrozeiros que não estão em busca de informação mercadológica.
    Sabemos (é inegável) que o governo federal e o próprio mercado consumidor não gosta desta dependência do arroz do RS e SC (quantidade – 70% e qualidade – melhor do mundo) e realmente não podemos esperar muito de onde não virá.
    Fiquemos atentos que já há movimento nos aguapés para não haver mais exportação de arroz em casca e de descontar diretamente a CDO do produtor gaúcho como forma de completar a tabela.
    Para completar:
    LAVOURAS DE ARROZ … atrasadas no plantio e, mesmo as que foram plantadas na época, estão com os tratos culturais um pouco atrasados no geral.
    SOJA… pelo menos na nossa região, não foram afetadas pq não haviam plantios significativos, e o Diego está correto.
    Ps. Só concordo em uma coisa com o Sr Anderson ” …vocês precisam rever esta estratégia simplista de sentar em cima do produto, isso é pré-histórico e revela falta de sabedoria na condução do seu negócio. …” o produtor precisa atingir esta sabedoria (e esta indo bem rápido). Saber o preço MÍNIMO ao qual pode vender o seu produto com lucro e EXECUTAR a venda com a indústria com a sua margem de ganho e não de prejuízo . Pena que o MERCADO não é sério… ou mais estável como o da soja.
    Bons Negócios.

  • Só para concluir.
    Já fui taxativo em falar muito mal da soja por problemas meus de falta de administração.
    Também sei que na época as variedades eram outras e o preço muito menor , mas, muitos colegas que perseveraram no binômio ARROZ / SOJA estão hoje na minha frente no mercado.
    Agora posso VENDER o arroz e deixar a Soja para PAGAR as contas…. e isto é MUITO BOM.
    Se houver uma migração pequena de arroz para soja em todas as lavouras o resultado é a inversão do poder de barganha na hora da comercialização.
    Arroz livre (fora da Indústria) é o que é nosso, o depositado já é deles.

    Bons negócios!

  • Prezados debatedores, a minha tese é que segue abaixo e a reproduzo desde o ano 2000 (também está no blog http://www.josenei.blogspot.com). Estes dias um líder do setor deixou-me muito contente dizendo que … “temos que usar o arroz como ingrediente de outros produtos”.
    Publicada em 28/10/13, neste espaço:
    Prezados colegas comentaristas, parece que não lemos os comentários uns dos outros. Se confunde ainda muito política dos governos de ocasião com o mercado. Tenho dito que para valorizarmos o arroz, temos que tirar a visão da “panela”. Tem razão o companheiro que diz que o arroz, há mais de 10 anos, está entre 1,50 e 2,00/kg, de onde concluimos que todo mundo sabe quanto vale 1 kg de arroz. Se subir mais que isto vai ser aquela “gritaria”! Será que sabem quanto vale o preço de uma caixinha de sucrilhos, ou um pacote de bolacha de arroz. Vejam os automóveis, troca-se o tamanho da sinaleira e o preço já é outro e ninguém reclama. Celular é a mesma coisa… Então, não dá para reclamar que todo mundo sabe o preço do arroz que já tem 40 anos de existência. Então, qual será a estratégia que faremos para o arroz valer mais, sem subir o preço daquele da hora do almoço? Será que com o trigo a 45,00 ou mais/saco, a farinha de arroz para adicionar 20% no pão não é competitiva?
    Bons negócios à todos!

  • Debate assim da gosto de ler, se todos fossem assim o prenúncio das soluções para o setor seria mais contundente. Li em outros debates a fragilidade para o extress hidrico que a soja apresenta, mas com a defesa da cultura por muitos aqui percebo que é uma real solução. E que bom!
    Minha família comercializa arroz a 30 anos, e com os debates internos de quem não planta, não tem grande afinidade com os pormenores da lavoura, mas entende os do consumidor, defendemos um reajuste entre os dois setores. Temos que manter oq já fora conquistado, me recordo de verdermos arroz há 6, 7 anos atras por R$ 35 o beneficiado, hoje vendemos a R$ 50,00 e mesmo assim não percebemos a lucratividade subir. O caminho é não voltar atras, se baixarmos demais o preço, pra subir será ainda mais dificil, as alternativas estão ai… Diversificar a gama de produtos a base de arroz, plantar mais soja e regular a área plantada em meu ponto de vista é um norte. A Nestle tem sua linha a base de arroz, marcas como a Josapar tem um plantel grande de produtos a base do arroz( embora ainda seja voltado para a ” panela”),empresas de cosméticos já utilizam até a casca do ceral como esfoliante, etanol de arroz está em processo de pesquisa… Realmente fugir da ” Panela” é uma boa!!

  • Adendo: Junto com o aumento das exportações é um norte do setor.

  • Perfeito, Sr. Felipe!
    Esta visão do consumidor ou do “Novo consumidor”, que quer novos produtos e está disposto a pagar mais por isto, é o que está faltando ao produtor para entender este processo do comércio. Então, todos ao supermercado! Não podemos cuidar mais somente da lavoura(claro, que não devemos descuidar disso). Vejamos a gôndola do leite, leite no saquinho, praticamente não existe mais! Tem flans, pudins, iogurtes de todo tipo, bebidas lácteas e agora está tendo um comercial promovendo o “nutrientes do leite com frutas”, que ainda não sei bem o que é mas já estou querendo provar (parece terem repaginado a antiga batida da nossa longíqua infância). Por isso, devemos ter presente o que fazem com o celular, automóveis, tênis, bonés para fazer isto com os alimentos e chegarmos antes que os vendedores destes produtos na renda do consumidor. Por isto escrevi, em 12.02.2008, “O arroz ainda na era do engenho”. Ficamos esperando o resultado da exportação, como uma panacéia, pois dessa forma não precisamos mudar nada e é mais cômodo para todos nós. (não descartando esta possibilidade).

  • A grande questão é essa , estamos com produtores evoluidos , que atingiram um alto grau tecnológico dentro de sua lavoura tornando a lavoura orizicola uma das mais produtivas do mundo e a de maior qualidade do mundo , enquanto que nossa industria ainda é do tempo do engenho que beneficia o arroz em embalagens de 1 , 2 ou 5 quilos , ou seja não mudou nada em 50 anos . Parabens a Josapar entre outras que está tentando colocar no mercado produtos instantaneos e produtos de valores agregados . É só a industria trabalhar como industria , observando a pequisa de mercado e desenvolvendo produtos para seus consumidores , agregando valor a sua produção . Esses industriais que postam aqui reclamando do preço do arroz ,que não conseguem repassar , que querem sempre baixar a matéria prima pois é só onde visualizam lucro, esses estão com os dias contados . Tá na hora da industria acordar OLHO VIVO PESSOAL.

  • Amigos produtores.
    Temos que nos mobilizar através das nossas instituições e de nossos representantes políticos para (pelo menos) podermos opinar nesta questão da exportação não poder ser feita mais com o grão em casca.
    O que era boataria já está evoluindo para conversas com o secretário da agricultura do RS ( Sr. Mainardi) e com o presidente do IRGA (Sr Cláudio Pereira) e, aí então a indústria, mais uma vez , com a desculpa de o estado estar exportando divisas trabalhistas e arrecadação em impostos visto que todo o processo” industrial” não estaria sendo feito no RS,
    estará unilateralmente nos penalizando no mercado.
    A exportação é hoje uma das mais fortes ferramentas para combatermos esta tabela orelhana que nos foi imposta ( com aval do MAPA e outros orgãos oficiais) em 2010.
    Se esta idéia errônea for levada adiante a indústria estará retirando do mercado o seu mais forte concorrente para compra de arroz em casca e a melhor opção de venda do produtor do RS que quer escapar dos descontos ilegais.
    Estas exportações estão fazendo com que muitas indústrias tenham que trabalhar, mesmo sem admitir no papel, com a classificação oficial tolerando 2% de impureza e 13º de umidade como é o padrão.
    Bons Negócios.

  • Amigos produtores, temos que se unir e evitar estas políticas internas que não temos acesso, como nos coloca o Sr Everci Perez Lobato em seu comentário anterior, ao qual peço que seja mais sucinto e nos de o nome das indústrias que estão pleiteando o boicote por parte do governo federal das exportações do arroz em casca, pois desta forma poderemos enumera-las e também boicota-las na hora de vender nosso produto. Hoje o que no salva da tabela furtiva e da pressão do mercado interno sem dúvida se chama exportação e não devemos de forma alguma que nós proíbam de exportar nosso produto para fora do pais. Por isso peço ao amigo que nos diga o nome destas indústrias.

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