UBA não apoia criação de marrecos no RS
De acordo com Ariel Mendes, presidente da entidade, a disseminação de marrecos nos campos gaúchos constitui em grave risco para a produção avícola do Estado e do Brasil, o que inclui possíveis ocorrências da Influenza Aviária.
Logo após a divulgação de nota, onde o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) em parceria com a Associação dos Usuários do Perímetro de Irrigação do Arroio Duro (AUD) incentiva a criação de Marrecos de Pequim na lavoura de arroz, a União Brasileira de Avicultura (UBA) condenou tal ação. De acordo com Ariel Mendes, presidente da entidade, a disseminação de marrecos nos campos gaúchos constitui em grave risco para a produção avícola do Estado e do Brasil, o que inclui possíveis ocorrências da Influenza Aviária. "O Brasil é hoje um dos poucos países que têm o privilégio de se considerar livre desta enfermidade. Nunca foi detectado nos campos nacionais tal problema, o que coloca o país a frente de muitos outros produtores avícolas no mercado internacional", explica Mendes em carta enviada ao Secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul. "Este status, no entanto, pode ser ameaçado por iniciativas como tal projeto de criação de marrecos, que podem atrair aves migratórias – vetores de doenças como a Influenza Aviária e Doença de Newcastle".
Segundo Mendes, uma eventual contaminação dos plantéis afetaria a toda a cadeia produtiva, causando prejuízos incalculáveis ao Estado e ao País."Os benefícios desta ação social não pagam os riscos à avicultura".
Projetos- Atualmente, a UBA tem defendido junto ao próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), que cuida da avicultura familiar, que projetos implantados por este modelo de produção deve ter as mesmas exigências de biosseguridade que a avicultura industrial. "Hoje, no caso de pato e marreco, temos uma produção nacional em moldes industriais, onde estas aves são produzidas em galpões semelhantes ao frango de corte, com isolamento, telas e demais exigências sanitárias requeridas pelo Mapa", explica Mendes, que acredita que a sugestão de um novo projeto precisa de mais tempo para ser apresentada. "O fato é que agregar um produto do agronegócio para auxiliar o status sanitário de outro, sem os devidos cuidados sanitários para tal, é inviável".