Últimas chances de fazer a feira
Parque deve receber um grande público neste final de semana e domingo será de superofertas.
Encerra neste domingo a 16ª Feira Nacional do Arroz, mas ainda não é hora de despedidas. O sábado e o domingo prometem um grande público para os expositores, principalmente para o pequeno comércio e área de alimentação. O domingo ainda reserva o grande investimento cultural desta edição da feira: o show da dupla sertaneja Hugo Pena e Gabriel, um dos expoentes do estilo musical que vem arrastando os jovens para a pista de dança, o sertanejo universitário. O serviço completo do show o leitor encontra no suplemento JP2.
A festa musical, entretanto, já começa no sábado, com o show cover The Beatles Tribute, prometendo recuperar para os mais velhos os bons tempos dos bailinhos. O serviço completo está na próxima página. A maior procura dos visitantes será a parte superior do pavilhão de exposições, onde o comércio de roupas, botas, bijuterias e toda a sorte de bazar reservaram as tradicionais queimas de estoque de fim de feira. O edredom, grande vedete desta edição para o bem ou para mal nas críticas dos expositores, deve ser o artigo mais procurado.
No mercado de pulgas, apelido carinhoso do microcomércio dos pavilhões de exposições do Sindicato Rural, o artesanato deve perder espaço neste ano para as roupas artesanais de lã, se os preços baixarem, conforme prometeram alguns expositores. As novidades gastronômicas foram poucas nesta feira, mas os doces de coco conquistaram os visitantes, assim como os queijos e embutidos vindos de Cotiporã.
Para a galerinha, o Parque de Diversões é apenas esforçado, mas com muitas opções de brinquedos. Na página 18, o leitor confere o serviço completo de ingressos, lembrando que crianças de até seis anos não pagam na bilheteria do Parque de Exposições. O conforto das famílias está garantido também na hora de pagar. Praticamente todos os estandes aceitam cartões de crédito e as compras estão sendo parceladas normalmente. Todavia, é importante ter olho vivo na hora de escolher o produto. São muitos os produtos falsificados vendidos nesta feira e os preços excessivamente baixos denunciam a qualidade inferior.
ENCERRAMENTO – O final solene de feira, marcado para as 22h deste domingo, deverá ser bem resumido. O único fato relevante esperado é o prometido anúncio do período de realização da 17ª Feira Nacional do Arroz, marcada para 2012. Há expectativa de que o evento deva sair do mês de maio e migrar para julho, mas não há confirmação oficial. Será também o momento final do reinado do trio de soberanas, rainha Bruna Salzano e princesas Bethina Germanos e Doris Schmidt, que terão suas vidas marcadas para sempre pelo ingresso na história da Fenarroz de Cachoeira do Sul.
Expositor, o que você está achando da Fenarroz?
“Sempre é importante participarmos da Fenarroz. O que viemos reivindicando para a executiva da feira é que seja reduzido o período para a exposição de máquinas de quarta-feira até sábado, como acontece nas feiras de negócios. Desta forma, a gente otimiza recursos. O pessoal que vem para negócios na área de máquinas não precisa mais do que três ou quatro dias. É interessante a feira se atualizar no contexto de negócios para os dias de hoje”.
Gelson Schmidt, diretor comercial da Indumak, de Jaraguá do Sul (SC).
“Os primeiros dias foram bem tranquilos, com um fluxo bem pequeno de clientes na feira, onde a gente sempre espera movimentação. Agora está melhorando. Mas acho que não há necessidade de ser nove dias de feira. Poderiam ser quatro ou cinco dias”.
Kelli Denadai, analista de marketing da Zaccaria, de Limeira (SP)
“Muito fraca do ponto de vista técnico. É uma mistura muito grande de festa com negócios. Eu gostaria que fosse uma feira técnica. Nós estamos acostumados com feiras de três ou quatro dias. Tem que ser uma feira curta para incentivar a vinda dos empresários. É uma pena, pois corre o risco de desmotivar o pessoal a voltar. Viemos pela quarta vez e está cada vez pior. Nós ficamos 10 dias para receber meia dúzia de clientes”.
Lorenzo Badalamenti, do departamento comercial da Sangati Berga, de Fortaleza (CE)
“A Fenarroz é importante para a Selgron mostrar as suas novidades, mas a feira é muito extensa. Deveria ser mais curta. Poderia ser de terça e sexta-feira, o que seria uma feira de negócios. Para uma festa para a comunidade, o tempo que é hoje é ideal, mas a gente acaba ficando com tempo ocioso. Os empresários que atuam no agronegócio vêm para a feira nos dias úteis. A organização da Fenarroz deveria fazer um benchmarking e visitar outras feiras. É preciso ser atrativo e chamar negócios. A feira precisa ser de negócios para o arroz”.
Eduardo Linhares, do departamento comercial da Selgron, de Blumenau (SC)