Uma questão de escolha
Sabemos, e é repetido a todo o momento, que o arrozeiro não tem controle sobre o que ocorre fora da porteira, mas que pode otimizar a gestão de seus recursos e meios de produção do lado de dentro de sua lavoura. Isso, em geral, é verdade. As lições são muitas. No entanto, é de acordo com suas experiências e convicções que cada brasileiro terá o direito e o dever de escolher seus governantes e representantes legislativos em outubro.
Para um setor que teve alguns representantes como protagonistas da paralisação dos caminhoneiros, não ganhou nada com isso e foi o maior prejudicado com custo de um frete tabelado até 50% maior do que pagava na safra passada, as lições do passado não podem ser esquecidas. É preciso reparar nas promessas milagrosas de solução dos problemas da orizicultura que voltam às vésperas de eleição à porteira, aos eventos, às redes sociais.
Eleger gente para marcar reuniões com o terceiro escalão do Ministério da Agricultura é perda de tempo. Sem compromissos em devolver com serviços de qualidade o dinheiro do arrozeiro injetado no Estado, também. É preciso comprometer quem concorre e cobrar, com veemência, esse compromisso.
Votar é a possibilidade de mudar o perfil dos políticos que fazem e executam leis e ações que interferem não só no preço, mas principalmente nos custos de produção de cada lavoura, do transporte, da logística, no destino de cada um de nós e da sociedade.