Umidade aumenta incidência de inço na lavoura de arroz

Atraso no plantio favorece o desenvolvimento de plantas daninhas nas lavouras de arroz do Vale do Rio Pardo .

A safra de arroz do Vale do Rio Pardo pode ser prejudicada por dois velhos conhecidos dos produtores: o arroz vermelho e o capim arroz. Com a ocorrência de chuvas e o aumento da umidade nos últimos dias, essas plantas se desenvolveram rapidamente e podem comprometer o rendimento das lavouras.

Para evitar maiores prejuízos os produtores estão precisando adotar uma série de cuidados com as plantações, sobretudo com o aumento da aplicação de herbicidas. A situação é considerada pouco comum e em alguns casos está gerando preocupação entre os arrozeiros. Eles temem que, mesmo com os tratos culturais, os inços influenciem o desenvolvimento da planta.

O engenheiro agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) de Rio Pardo, José Fernando de Andrade, explica que os inços estão aparecendo em maior intensidade. Caso não se proceda os cuidados necessários, alerta, a produtividade pode ficar abaixo do previsto.

– Há bons produtos no mercado. Basta buscar orientação para fazer um bom controle – orienta.

Mesmo assim ele aponta que os cuidados devem ser ampliados.

A aplicação dos defensivos, conforme Andrade, deve ser feita antes da germinação das sementes, o que possibilita maior segurança. Entretanto, há casos em que pode ocorrer também depois da brotação. Os agricultores já começaram a adotar as precauções.

Morador de Rio Pardo, o produtor Túlio Eidt está com 20% de sua lavoura de 140 hectares plantada e nota que as plantas daninhas estão aparecendo com intensidade. Para prevenir-se de perdas, já começou a usar os herbicidas. Sua maior preocupação no momento fica por conta do atraso no plantio.

– A semeadura já deveria ter ocorrido até 15 de outubro. Com a demora, pode haver perdas na produtividade – afirma.

Nos sete municípios da área de abrangência do Irga de Candelária, também estão ocorrendo situações semelhantes. De acordo com o agrônomo Luciano Siqueira, com a chuva poucos produtores arriscaram entrar com as máquinas nas lavouras para dar andamento ao plantio. Por esse motivo as sementes daninhas que estavam na terra germinaram e agora estão exigindo maior uso dos herbicidas.

Ele acredita que se o controle for feito em tempo, não devem ocorrer grandes perdas.

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