União e tecnologia da Epagri elevam a produção e a qualidade do arroz em cooperativa
Em 2019 eram 85 famílias cooperadas da Coopervoltapinho, envolvendo mais de 200 pessoas. Unido, esse grupo cultivou 1,1 mil hectares e produziu 203 mil sacas de arroz.
Organização e tecnologia mudaram a vida dos rizicultores de Mirim Doce, município do Alto Vale do Itajaí conhecido como a capital do melhor arroz. Os produtores se uniram no início da década de 1950 para fazer uma gestão mais sustentável e eficaz da água de irrigação através de valas coletivas e desde então só acumulam conquistas: a tecnificação da atividade reduziu o custo de produção em 30%, a produtividade dobrou, as perdas no transporte e na armazenagem diminuíram e o preço de venda aumentou, permitindo obter valores até 10% superiores aos do mercado tradicional.
Em 2019 eram 85 famílias cooperadas da Coopervoltapinho, envolvendo mais de 200 pessoas. Unido, esse grupo cultivou 1,1 mil hectares e produziu 203 mil sacas de arroz de reconhecida qualidade no mercado. A Epagri participa dessa história desde a década de 1980: foi com cultivares lançados pela pesquisa e com a assistência dos extensionistas rurais que os rizicultores passaram de 70 sacas produzidas por hectare para uma média de 170 sacas: “99% do que cultivamos hoje são de variedades de arroz da Epagri”, afirma Jesué Signorelli, rizicultor e tesoureiro da cooperativa.
Também foi fundamental a participação da Empresa para o grupo ter acesso a recursos públicos para modernização da infraestrutura da cooperativa para recebimento, secagem, armazenagem e comercialização da produção. Para isso eles receberam R$137 mil do Programa SC Rural e financiamento de R$320 mil do Fundo de Desenvolvimento Rural.
A Coopervoltapinho se volta agora para a agregação de valor à produção, seja através do beneficiamento de arroz convencional e da conquista de novos mercados, seja por meio da oferta ao consumidor de um produto diferenciado, obtido com os chamados tipos especiais de arroz. Para isso a Epagri entra em campo novamente, promovendo capacitações e assessoria técnica e gerencial e desenvolvendo cultivares de arroz convencionais e especiais por meio do trabalho de pesquisa. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável e a melhoria da qualidade de vida das famílias cooperadas.