União Europeia encontra irregularidades em 37 cargas de arroz e produtos de arroz

Nenhum caso diz respeito ao arroz do Mercosul.

A Comissão Europeia (CE) recebeu em 2014 o número de 37 notificações dos países membros sobre irregularidades em cargas de arroz e produtos à base de arroz provenientes de vários países, de acordo com dados do Sistema de Alerta Rápido para Alimentos e Rações Animais (Rasff, na sigla em inglês). Em 2014, as notificações aumentaram 15% sobre os casos registrados em 2013.

Foram 18 notificações da Itália, oito do Reino Unido, quatro da Alemanha, e uma da Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Estônia, Finlândia e Eslovênia, respectivamente.

A Índia é o país recordista em reclamações dos importadores, com 16, seguida pela China com oito, três de Hong Kong, três do Paquistão, duas da Tailândia e uma da República Tcheca, Itália, Holanda, Espanha e Reino Unido, respectivamente.

De acordo com dados da Rasff, 15 casos estavam relacionados ao arroz basmati, 12 foram a cargas de arroz não aromático, cinco referentes a biscoitos de arroz, dois foram relacionados a produtos à base de arroz outros dois referentes a macarrão de arroz chinês. Destes, 12 casos se referem à presença de residual do fungicida carbendazim, oito foram relacionados à ausência de certificados sanitários, sete atribuídos à presença de resíduos de inseticidas, três foram relativos à presença de arroz geneticamente modificado (transgênico) não autorizado. Além disso, em dois casos houve a presença de insetos vivos. Os demais cinco casos foram considerados “referentes a outras questões”.

De todos estes casos, os países da União Europeia declararam o bloqueio da entrada dos lotes com base na legislação vigente em 31 ocorrências. Quatro restaram retidos em “nível de alerta” e dois em “nível de informação”. Em 2013, a Índia e a China totalizaram 16 casos similares, enquanto o Paquistão teve outros cinco. Nenhum registro diz respeito ao Brasil ou aos países do Mercosul, cuja exportação para a Europa é limitada.

2 Comentários

  • E aqui no Brasil nenhuma notificação…. Não é a toa que Arroz TIO RATALINO está fazendo o maior sucesso… Aqui cozinhou engolimos tudo… Terceiro mundo sempre será terceiro mundo !!! Quando é que alguém vai acionar o Ministério Público, o Inmetro, o Fantástico, sei lá quem para fazer uma investigação séria e aprofundada sobre o assunto???… Pois bem vocês viram o nome do veneno em questão: FUNGICIDA CARBENDAZIM… Me dei ao luxo de pesquisar no Google… Altamente prejudicial ao meio ambiente, porém de baixa toxicidade aos seres humanos seu uso crônico pode causar sérios danos ao sistema nervoso central, danos oculares e dermatite… Três foram as notificações por uso de inseticida (não citaram o nome na reportagem)… Todos com arroz… É lamentável que a Lei Goergen morra na casca… Quando é para emplacar os tratores e cobrar impostos o governo não mede esforços para aprovar suas leis… Mas quando é para proteger os consumidores se omite de questões sanitárias… Quanta gente ainda vai morrer pela boca… Uns por que comem de mais, outros de menos, mas a grande maioria porque não sabe o que come!!! Nunca vi tanta desconsideração e falta de respeito com os seus cidadãos…

  • Sr Flávio,
    Parabéns pelo comentário, concordo plenamente. O problema é que no Brasil, sobram leis e falta aplicação das mesmas. E quando uma lei como a Goergen é criada com objetivo de dar proteção aos brasileiros, esbarra em detalhes de competência entre as instâncias do judiciário.
    Em outra ocasião já questionei, porque a população/consumidores não tem o direito a informação na rotulagem dos produtos à base do arroz, quanto a sua procedência (nacional ou importado).
    Livre escolha para produto “barato e duvidoso” ou “preço justo e seguro”.

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