Uruguai embarca arroz para o Iraque

 Uruguai embarca arroz para o Iraque

Enquanto isso, no Uruguai as safras de cereais continuam avançando e representam cerca de 50% da área plantada na safra

São as primeiras 30 mil toneladas e o próximo navio, com mais 30, partirá em meados de maio .

Na próxima quinta-feira, dia 15, o primeiro navio começa a ser carregado com 30 mil toneladas de arroz uruguaio para o Iraque, negócio correspondente à licitação anterior. O próximo, com o mesmo volume, sai em meados de maio, somando 60 mil toneladas de uma licitação vencida em fevereiro. Na semana passada o Iraque surpreendeu o mundo ao rejeitar ofertas menores da Tailândia, e de grãos superiores do Mercosul e dos Estados Unidos, e adquirir mais 60 mil toneladas no Paquistão, país cuja qualidade do grão longo fino não é considerada relevante no mercado mundial.

“Nestes dias a indústria já começou a movimentar arroz para o porto”, disse Alfredo Lago, presidente da Associação dos Produtores de Arroz (ACA), ao periódico local El País. O negócio foi concluído após um ano sem a presença do arroz uruguaio no Iraque, destino fundamental para os negócios do país do mercosul e que reconhece com preços a qualidade que exporta o complexo arrozeiro uruguaio.

Nessa licitação, o Uruguai concorreu com Argentina, Brasil e Paraguai e ofereceu o preço mais alto, mas mesmo assim venceu pela preferência dos iraquianos ao grão e à confiabilidade dos negócios com este país.

Analisando o mercado atual, Lago disse que negócios por volume como o mencionado acima não se concretizaram e considerou que também não é estranho.

“Há um bom fluxo de negócios com a União Européia – onde o Uruguai entra graças ao fato de não plantar arroz transgênico – e também algumas vendas para o Peru”, explicou o executivo da ACA.

Na semana que passou, por outro lado, a indústria arrozeira uruguaia e a ACA aguardaram o resultado da nova licitação do Iraque, para onde o Uruguai pretende aumentar suas exportações. Embora os menores preços ofertados no Mercosul sugerissem uma vitória brasileira, a esperança só foi perdida na quinta-feira, com a confirmação dos paquistaneses como fornecedores. “Se fosse do Brasil, ainda seria importante, pois seria arroz retirado de uma região com excedentes”, frisou.

Paralelamente, a gremial arrozeira passou a se reunir com a indústria para definir o preço final da safra 2019/20.

Lago afirmou que o mercado de arroz “continua sólido”, já que o produto foi um dos que tiveram valorização com a pandemia de Covid-19, que afastou grandes fornecedores do mercado mundial porque optaram por garantir o abastecimento. “São nações onde o arroz é um alimento básico em suas populações”, explicou.

Colheita

Enquanto isso, no Uruguai as safras de cereais continuam avançando e representam cerca de 50% da área plantada na safra.

“As produtividades ainda são altas e estão acima de 9 mil quilos por hectare”, disse Lago, embora acredite que a média certamente cairá para não menos de 8,8 mil quilos por hectare, volume que havia sido estimado pela ACA e marca mais um bom ano de safra.

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