Uruguai fecha venda de 25 mil t de arroz com o México
(Planeta Arroz) Traders internacionais confirmaram para Planeta Arroz, na última sexta-feira, que o Uruguai fechou novo contrato de exportação 25 mil toneladas de arroz em casca para o México na semana que passou. Os valores envolvidos, extraoficialmente, foram comemorados pela cadeia produtiva uruguaia, e fixados em US$ 355,00 – 357,00 por tonelada, FOB, Porto de Montevidéu.
Antes de fechar negócio com os platinos, os mexicanos sondaram a possibilidade de fazer a operação a partir do Brasil. Segundo traders que operam no ambiente brasileiro, a comercialização muito trancada do arroz em casca no país e as dificuldade operacionais de logística recentemente observadas em um carregamento para a Costa Rica interferiram na escolha. “Os compradores têm pressa na entrega”, informa um agente uruguaio de negócios.
Para ajudar na transação, os uruguaios já tinham o volume de arroz disponível no Porto de Montevidéu, o que favorece o embarque em curto prazo e só ajudou a consolidar a transação. “Isso que ainda havia uma certa resistência inicial por causa de uma situação fitossanitária criada entre os países em 2020”, confirma outro agente de negócios sul-americano. “A tradição pesou”, acrescenta.
Não ficou claro se as 25 mil toneladas estão incluídas na cota de 75 mil toneladas com isenção de taxas para o arroz do Mercosul, que o México anunciou no ano passado e ratificou para as entidades gaúchas. O arroz uruguaio já está isento de taxas porque os acordos comerciais e fitossanitários entre os orientais e os mexicanos é anterior ao advento do Mercosul.
Como o Brasil não está conseguindo participar mais efetivamente do mercado global como fornecedor neste início de ano por falta de competitividade no arroz em casca e no beneficiado, cresce a importância de os demais países vizinhos alcançarem melhores resultados de exportação. “O importante é tirar do Mercosul”, agrega outro operador de negócios da região.
O México tem comprado maciçamente arroz norte-americano, mas a aquisição do Uruguai é estratégica para elevar a qualidade. Conforme alguns traders, há queixas mexicanas com relação a qualidade de parte do produto adquirido nos Estados Unidos. A opção pelo grão uruguaio é voltada ao atendimento de um público mais exigente em relação ao padrão longo fino. “Até por isso, o valor da negociação ficou acima da média de preços”, registra um industrial brasileiro.