Uruguai: na falta de acordo, indústria deposita US$ 11,20 por saca
Assim, e amparados pela tabela de divergências estabelecida no contrato, as empresas envolvidas depositaram US$ 11,20 na conta de cada produtor, por saca, considerando o empréstimo de US$ 1, que deve ser pago. Portanto, com desdobramento, o preço ficou em US$ 10,10 por saca, ao qual deve ser adicionado o crédito de restituição de US$ 0,50 e subtrair US$ 0,40 para o pagamento do fundo arrozeiro. Como é tradicional, a variedade INIA Tacuarí tem um prêmio, que neste caso foi de US$ 0,60.
Da indústria, a informação é de que está sendo feito um esforço para depositar esse dinheiro ao produtor, principalmente considerando que o comércio internacional está desacelerando e há vários fatores que interferem na equação. O valor por tonelada foi cerca de 40 dólares a menos que na temporada passada, e nesse caso significaria cerca de 2 dólares a menos por saca, mas atenção especial também deve ser dada à composição das vendas ao formar uma média e, sem dúvida, as expectativas do que acontece com os 43% que ainda precisam ser comercializados.
Os preços internacionais não foram os mesmos, o dólar enfraqueceu e há um aumento nos custos em pesos, como mão de obra, eletricidade ou combustível.
Deste modo, por parte dos produtores, a expectativa não estava nos US$ 12,30 do provisório do ano passado, mas estava perto de US$ 12 por saca, cerca de 80 centavos acima do oferecido pela indústria.
As atenções estão agora voltadas para os 43% que faltam comercializar, o que representa um grande desafio para o setor diante do preço final que será definido no primeiro trimestre de 2023.