Uruguai: preço provisório da safra de arroz 2023/24 é fixado em US$ 17,15/50kg

 Uruguai: preço provisório da safra de arroz 2023/24 é fixado em US$ 17,15/50kg

(Por Planeta Arroz) Realizada no INIA Treinta y Tres, a assembleia de produtores da Associação dos Cultivadores de Arroz do Uruguai (ACA) aprovou o preço provisório negociado entre o sindicato e os quatro grupos industriais que compõem o acordo setorial: Saman, Casarone, Adecoagro e Coopar. Assim, o valor da saca de 50 quilos de arroz são, seco e limpo aprovado foi de US$ 17,15, patamar bastante destacado positivamente pela ACA.

Alfredo Lago, presidente da ACA, destacou que a situação atual do mercado de arroz é influenciada por vários fatores importantes. A produção mundial de arroz tem sido insuficiente para satisfazer a procura nos últimos três anos consecutivos, criando oportunidades de negócios significativas, especialmente para os exportadores.

O preço de US$ 17,15 a saca de 50 quilos é um indicador positivo, refletindo o bom momento que o setor atravessa, beneficiando não só os produtores, mas também a economia do país em geral.

Lago acrescentou que este aumento de preços tem sido constante ao longo do ano, impulsionado pela procura e pelas condições climáticas adversas que afetaram a produção em diversas regiões. A colheita foi inferior ao ano passado devido ao clima, o que contribuiu para manter os preços numa tendência ascendente. Isto tem sido favorável para o setor e superou as expectativas iniciais.

Com mais de 70% da colheita já vendida, o valor deverá manter-se sólido, disse o presidente da associação. Da mesma forma, observou que a Europa continua a ser um mercado importante e o Brasil tem demonstrado uma necessidade crescente de arroz, o que é uma boa notícia para os exportadores. Além disso, o mercado centro-americano e outros países como o México e o Peru também apresentam oportunidades favoráveis.

“Em resumo, prevê-se que a procura continue forte, o que manterá ativo o fluxo de negócios e beneficiará todos os intervenientes na cadeia de produção e exportação do arroz”, destacou Lago.

O impacto das enchentes no Brasil, para Lago, tem sido significativo em vários aspectos. Em termos de procura, estas catástrofes afetaram a capacidade do país de satisfazer as suas necessidades internas devido à redução do volume da produção agrícola e de outros setores afetados. Isto levou a um aumento no fluxo de negócios com outros países, incluindo o Uruguai, que viu um aumento na demanda por suas exportações. Antes das cheias, o Brasil já tinha dificuldades em satisfazer a procura interna e em manter um fluxo considerável de importações, acrescentou Lago.

O chefe da ACA sustentou continuamente que a recente situação climática agravou esses problemas, criando oportunidades para países como o Uruguai aumentarem as exportações para o Brasil, resultando em um aumento nos preços devido à maior demanda.

PRÓXIMA COLHEITA

Sobre as expectativas para o resto do ano e para a próxima época de colheita, Lago destacou que se espera um aumento da área plantada, aproveitando as condições mais favoráveis ​​após as chuvas. Isto deverá permitir maior produção e, consequentemente, melhores oportunidades comerciais para os produtores uruguaios.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter