USDA publica projeções para o arroz brasileiro

Relatório foi publicado na última segunda-feira pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

Suprimentos de arroz: a produção de arroz beneficiado na temporada 2016/2017 no Brasil é estimada em 8,4 milhões de toneladas métricas (MMT), 16,5% acima do ano anterior, por causa dos maiores rendimentos, mesmo que a área total cultivada continue diminuindo no país (abaixo de 2% comparada com 2015/2016).

A área total de arroz no Brasil declinou em oito dos últimos 10 anos, com substituição por culturas mais lucrativas como milho e soja.

Para 2017/2018 a produção de arroz em base beneficiado é prevista em 8 MMT, devido à queda esperada na área plantada, agora estimada em 1,95 milhões de hectares.

De acordo com a CONAB, o arroz irrigado representa mais de 90% da produção brasileira e ocupa cerca de três quartos da área total com cerca de 1,4 milhão de hectares a serem colhidos em 2016/2017, em comparação com apenas 500 mil hectares de arroz de sequeiro.

A maior parte do arroz de sequeiro está concentrado nas regiões Norte e Nordeste. No entanto, o maior produtor de arroz de terras altas é
o estado de Mato Grosso, na região Centro-Oeste, onde os níveis de produção são cerca de duas vezes mais elevados do que muitos produtores de arroz estados nas regiões Norte e Nordeste.

A produção de arroz irrigado está concentrada no sul do Brasil, sendo o maior produtor global o estado do Rio Grande do Sul, com cerca de 1,07 milhão de hectares cultivados (mais de metade dos área total do país), de acordo com CONAB. Como tal, o Rio Grande do Sul representa cerca de dois terços da produção brasileira, devido ao rendimento muito maior do arroz irrigado.

A CONAB relata que o plantio de arroz 2016/2017 é praticamente completo no Rio Grande do Sul, observando que 77% dos hectares foram semeados dentro do período ideal. A safra está progredindo bem, mas a produção dependerá das condições de clima das próximas semanas.

Comércio de arroz: No ciclo 2016/2017 as importações são estimadas em um nível inalterado de 650 mil toneladas métricas (MT). A maioria das importações de arroz do Brasil estão livres de impostos e são recebidas dos parceiros do Mercosul: Paraguai, Uruguai e Argentina. Até a data, mais de 60% das importações de 2016/2017 vieram do Paraguai.

Na temporada 2017/2018 as importações deverão aumentar ligeiramente para compensar o declínio esperado na produção e um pequeno aumento do consumo com base no crescimento populacional. Em 2016/2017 as exportações foram um pouco mais baixas em, 650 mil MT, com base no ritmo de embarques.

As vendas brasileiras de arroz estão destinadas a outros países do Hemisfério Ocidental ou da África. O maior volume de arroz branco embarcado neste ano foi para o vizinho sul-americano do Peru, enquanto os africanos Senegal, Gâmbia e Serra Leoa importaram as maiores quantidades de arroz quebrado.

As exportações 2017/2018 são estimadas em 750 mil toneladas, com base na média de cinco anos. Consumo de arroz: o consumo de 2016/2017 é estimado em 8 milhões de toneladas, relativamente inalterado a partir de 2015/2016.

O arroz é um alimento básico no Brasil, com a maioria dos brasileiros consumindo-o uma a duas vezes por dia.
O consumo de 2017/2018 é previsto em 8.1 milhão de toneladas, subindo ligeiramente com base no crescimento esperado da população.

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