USDA vê produção paraguaia em 919 mil t
Em termos de importação, o maior fornecedor para o mercado brasileiro, o Paraguai, deverá colher nesta temporada 919 mil toneladas de arroz em base casca. Entre 180 mil e 200 mil devem ser dirigidas ao consumo interno e sementes, e outras 85,5 mil toneladas devem formar o seu estoque de passagem no início de 2022. Com isso, restariam entre 630 e 650 mil toneladas para exportar. Os dados, divulgados na semana passada, são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Produtores do Paraguai, consideram que a colheita será ainda menor, alcançando em torno de 800 a 830 mil toneladas. Para a temporada 2021/22, o USDA acredita que o Paraguai terá um recorde produtivo de 1,2 milhão de toneladas em uma área de 185 mil hectares. “Nesta temporada a área colhida é estimada em 155.000 hectares. Os primeiros campos plantados renderam 6,5-7,0 toneladas por hectare, enquanto os campos plantados mais tarde são estimados em cerca de 5,0 toneladas por hectare; no entanto, os rendimentos finais podem ser um pouco mais altos”, diz o USDA.
Aproximadamente 50% da área foi semeada no final de dezembro de 2020 – janeiro de 2021 devido às condições de seca, especialmente na área do rio Tebicuary, onde mais da metade do arroz é plantado. O plantio normalmente ocorre no final de julho a outubro, com a colheita começando no final de dezembro. Neste ano a safra se estenderá até abril-maio, com a maioria dos analistas esperando safras abaixo do normal.
Paraguai exporta para mais de 30 mercados
Após investimento significativo, o arroz está agora sendo produzido na região semiárida de Bajo Chaco, no oeste do país, com rendimentos estimados de 9 a 10 toneladas por hectare este ano. Espera-se que cerca de 10 mil hectares estejam em produção nesta área em 2021/22. As exportações de arroz para 2021/22 estão estimadas em 650.000 toneladas, base beneficiado, 25% a mais que no ano passado devido a um superávit exportável mais alto.
O Paraguai exporta para mais de 30 mercados, incluindo recentemente Cuba. Vende principalmente arroz beneficiado. O Brasil é o principal cliente, seguido do Chile, México e países da América Central. As exportações de quebrados de arroz variam entre 75 e 85 mil toneladas por ano, sendo os países africanos o principal destino, seguidos do Chile e do Brasil.
O pais não tem dados oficiais sobre o consumo de arroz, mas a indústria estima a demanda para consumo humano e uso de sementes entre 180-200.000 toneladas, base casca, por ano.
Os estoques finais em 2021/22 são projetados em 57.000 toneladas (branco) ou 85,5 mil toneladas em base casca, um nível baixo sobre a expectativa de 2019/20, mas maior que nas temporadas anteriores. Os contatos indicam que os estoques finais no final de dezembro de 2020 estavam muito baixos devido a uma demanda de exportação maior que o normal.