Uso de geotecnologias na produção de soja em terras baixas é tema de workshop

Painéis tratarão do diagnóstico da produção de soja em rotação ao arroz irrigado, uso de geotecnologias na irrigação e drenagem em terras baixas e manejo do solo para produção de soja.

A Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), com o apoio do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) e das Universidades Federais de Pelotas e Santa Maria, promove o Workshop Uso de Geotecnologias na Produção de Soja em Terras Baixas, em um único dia, 23 de junho, nas dependências da sede da Empresa, à BR 392, Km 78.

A atividade é direcionada a produtores rurais, profissionais, técnicos, pesquisadores, professores e estudantes com atuação ou interesse na produção de soja em terras baixas. A programação inclui três painéis tratando do diagnóstico da produção de soja em rotação ao arroz irrigado, o uso de geotecnologias na irrigação e drenagem em terras baixas e o manejo do solo para a produção de soja nesse ambiente. Ainda haverá apresentações técnicas e demonstrações de empresas que dispõem de equipamentos, implementos e tecnologias relativas ao manejo do solo e da água para terras baixas.

A participação é gratuita, mas o interessado deve fazer inscrição para planejamento do evento. Se quiser conhecer melhor a programação e ter acesso ao cadastro para inscrição entre em https://www.embrapa.br/clima-temperado/workshop-geotecnologias

As geotecnologias

O uso de geotecnologias – investimento em gestão, máquinas, cuidados com solo, clima e água – para o nivelamento do solo em áreas de arroz e soja na Metade Sul do Estado está sendo testado pela Embrapa, na Granja Bretanhas, em Jaguarão, RS. O pesquisador José Maria Barbat Parfitt utiliza o método em mil hectares de um total de 12 mil hectares de arroz e seis mil hectares de soja. Antes do plantio, as áreas passam por um nivelamento que, até então, só podia ser feito a laser ou a olho. Com precisão milimétrica e sem interferência humana, o chamado Sistema Global de Navegação por Satélite (Gnss, sigla em inglês) fornece dados em menos tempo e com menor custo, e ainda, impacta menos o solo e economiza água.

Outra inovação é o uso de politubos, mangueiras gigantes que acumulam a água da chuva e ajustam a vazão nas lavouras. Os experimentos iniciaram em 2013 e os resultados estão sendo mensurados, mas já há indícios de ganhos.

Ao combinar as duas tecnologias, a Granja Bretanhas observou redução de 20% a 30% na água utilizada, boa parte dela proveniente da Lagoa Mirim. No acumulado das últimas duas décadas, o ganho é ainda maior com diminuição na captação em 42%, uma vez que o consumo passou de 14 milhões de litros por hectare, em 1996, para 8 milhões de litros por hectare. Ganhos que também se refletiram em aumento de 20% a 30% na produtividade média da propriedade, que hoje colhe 164 sacas de 50 quilos de arroz por hectare.

Estas serão algumas das experiências que serão compartilhadas nas apresentações técnicas das empresas, presentes no evento, e que se utilizam dessas tecnologias. Participam como palestrantes durante o Workshop também os pesquisadores André Andres e Walkyria Scivittaro.

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