Venda de máquinas segue alta em 2008
As vendas de colheitadeiras também cresceram em janeiro deste ano (126%), na comparação com janeiro do ano passado, mas recuaram levemente (-1,6%) em relação a dezembro de 2007.
A indústria de máquinas agrícolas começou o ano de 2008 com mais crescimento de vendas. Foram 2.870 máquinas em janeiro, 2,9% maior que em dezembro e 59% superior ao primeiro mês de 2007. Gilberto Zago, vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), avalia o resultado como positivo, apesar de ponderar que a comparação direta com janeiro do ano passado pode trazer distorções, uma vez que o mês em questão ainda refletia o período final de recuo desse mercado.
O executivo confirmou a expectativa de crescer 14,9% em vendas em 2008, superando até o melhor ano da indústria, que foi 2004.
– Naquele ano, apenas a soja tinha bom momento de preços. Este ano, esse cenário se estende a todos os grãos – justifica o otimismo.
As vendas de colheitadeiras também cresceram em janeiro deste ano (126%), na comparação com janeiro do ano passado, mas recuaram levemente (-1,6%) em relação a dezembro de 2007. Foram 432 unidades, ante as 439 ao último mês de 2007.
– O mercado está aquecido, sobretudo nossos clientes de grão, que tiveram recuperação de renda – avalia Zago.
Ele não acredita em inadimplência com esse alto consumo e afirma que as renegociações de dívidas contribuíram muito para a retomada de crédito e o conseqüente crescimento da vendas do setor. Em todo ano passado, as vendas internas somaram 38.299 mil, ante as 25.672 – expansão de 49%.
As vendas externas de máquinas agrícolas também se expandiram em janeiro deste ano 56,1% em relação a janeiro de 2007, mas caíram 18% na comparação com dezembro. Zago não avalia essa queda como sinal de desaquecimento.
– Pode ter havido antecipação de embarques no final de 2007. Além disso, há a sazonalidade de colheita de cada país – acrescenta.
Em 2007, o setor de máquinas agrícolas exportou 27.065 mil máquinas, alta de 20,6% em relação a 2006.
– Reconhecemos que nossos preços continuam muito caros lá fora, por causa do nosso custo logístico e cambial, sobretudo. Ainda assim, vamos continuar crescendo nas exportações – garante o executivo.
– Estamos conquistando mercados interessantes – acrescenta Zago.