Venezuela sofre queda de 50% na produção de arroz

 Venezuela sofre queda de 50% na produção de arroz

Custos são altos e preços estão congelados aos produtores (Foto: Divulgação)

(Por Planeta Arroz) Um dos grandes importadores de arroz do Brasil, a Venezuela terá uma retração de 50% em sua produção. Com recursos do setor privado, os produtores de arroz do país conseguiram plantar cerca de 40.000 hectares até o momento, apesar de anteriormente ultrapassarem 80.000 com facilidade. A falta de financiamento e a concorrência desleal impediram o crescimento do setor, segundo José Luis Pérez, presidente da Fedearroz.

Pérez especificou que o plantio, que começou entre junho e novembro, está em fase de colheita. O produto será colhido nos estados de Portuguesa e Guárico. Ele especificou que é necessário um aumento do preço do arroz, uma vez que está a ser pago à taxa de 0,28 centavos de dólar por quilo aos produtores de Guárico e 0,32 aos de Portuguesa, o que é insuficiente para cobrir os custos de produção.

Segundo o que disse, os custos de produção ultrapassam os 1.600 dólares por hectare, e a rentabilidade do produto tornou-se mínima porque o rendimento por hectare ronda os cinco mil quilos. Por isso os produtores de Guárico pedem cerca de 0,36 dólares por quilo de arroz, e os de Portuguesa estimam que devem cobrar 0,39 dólares pelo mesmo valor.

Pérez afirma que o problema fundamental é que nos últimos dois anos os custos de produção aumentaram e os preços do arroz permanecem os mesmos. Os industriais alegam que não podem pagar mais ao produtor, porque o arroz de mesa está entrando no país, muito mais barato, e não podem competir com isso. “Acredito que a importação de arroz branco deve ser reduzida à sua expressão mínima e incentivar a produção nacional.”

Ele destacou que tarifas devem ser cobradas sobre os produtos importados, para equilibrar o saldo. E assegurou que, de 2015 até hoje, a queda na produção de arroz tem sido constante. Citou como exemplo que em 2014 se obteve uma produção de mais de um milhão de toneladas, e no ano passado apenas 28% do consumo nacional.

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