Vietnã anuncia cortes na previsão das exportações de arroz de 2016

 Vietnã anuncia cortes na previsão das exportações de arroz de 2016

Queda nos embarques é provocada pela menor demanda mundial e maior competição

Volume será 27% menor do que em 2015 e o mais baixo desde 2008.

As exportações de arroz do Vietnã deverão cair 27% em 2016 em relação ao ano passado, para 4,75 milhões de toneladas, o volume mais baixo desde 2008. A causa seria a menor demanda dos importadores asiáticos e africanos, principalmente, e o aumento dos fornecimentos da Tailândia, que promove liquidação de seus estoques mais antigos.

A notícia foi divulgada pelo Vietnã Economic Times, jornal estatal, na última segunda-feira (15), citando como fonte a Associação de Alimentos do Vietnã (VFA, na sigla em inglês). Em junho a projeção era de 5,7 milhões de toneladas a serem exportadas. O dirigente de uma empresa estrangeira confirmou para agências internacionais de notícias que os compradores só voltarão suas atenções ao cereal vietnamita se os preços caírem significativamente, a ponto de competirem de forma mais eficiente com o grão tailandês, e que o ajuste na previsão anual de vendas não afeta o mercado.

Na segunda-feira o preço do arroz da safra anterior, com 5% de quebrados, caiu entre 2 e 5 dólares por tonelada, para US$ 350-353 (Fob).

Sob este novo cenário, a associação projeta os embarques externos na segunda metade de 2016 em 2,1 milhões de toneladas (base casca). No primeiro semestre a queda dos carregamentos alcançou 2%, para 2,65 milhões de toneladas. O cálculo exclui a transferência por terra para a China. O Vietnã é o terceiro maior exportador de arroz do mundo, sendo superado pela Tailândia, que deve consolidar a liderança no comércio global em 2016, e a Índia, maior exportadora mundial nos três últimos anos.

A Junta Militar que governa a Tailândia já vendeu mais de 5 milhões de toneladas de arroz em uma série de leilões desde que assumiu o poder em um golpe de Estado, em maio de 2014. A política de formação de grandes estoques de arroz para forçar uma alta de preços internacional, pela restrição da oferta, desde 2011 deu errado e foi uma das causas da queda do governo anterior. Agora, a Tailândia pretende limpar os estoques, que totalizam cerca de 9 milhões de toneladas, até o final de 2017. Parte deste volume é impróprio para consumo humano e dirigido à ração animal e produção de etanol.

Com informações de agências internacionais.

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