Visita dos presidentes do Irga e da Federarroz a Gana abre diálogo de cooperação

 Visita dos presidentes do Irga e da Federarroz a Gana abre diálogo de cooperação

Dirigentes em uma da reuniões em Acra, capital ganense

Visita de uma semana termina com dirigentes considerando viável maior volume de vendas ao país africano a partir de agora.

Os presidentes do Irga, Guinter Frantz, e da Federarroz, Henrique Dornelles, passaram uma semana em Gana, na África, buscando ampliar a presença do arroz brasileiro naquele País. Atualmente, Gana consome cerca de 650 mil toneladas de arroz por ano, e importa 350 mil, mas tem restrições ao ingresso do produto brasileiro e dá preferência aos acordos comerciais com países da Ásia. A maior parte dos encontros dos dirigentes brasileiros foi com empresários que fazem a intermediação dos negócios de compra de arroz no país.

A partir de quinta-feira se reuniram também com representantes do governo.A boa evolução das tratativas com os empresários fizeram com que uma proposta de cooperação tecnológica que seria apresentada pelo Irga, caísse da pauta. Utilizada como argumento, uma vez que o Japão vem investindo forte em transferência de tecnologia para ampliar a produção em Gana, a alternativa foi considerada "exagerada" diante da reação positiva dos negociadores, que já indicavam realizar algumas compras. Ou seja, era desnecessário ofertar sementes, tecnologias, técnicos, uma vez que os negócios começavam a ter bons indicativos. Ao mesmo tempo, o Brasil dispõe de pouco estoque para ofertar neste momento.

Os gaúchos visitaram supermercados, zonas de produção, que tem como prioridade a subsistência, mas não estiveram nos novos campos que servirão de base para as operações de difusão tecnológica do Jircas, A conclusão dos dirigentes arrozeiros é de que a projeção da FAO e do USDA, de que Gana importa apenas 300 a 350 mil toneladas por ano está equivocada. "O mercado que observamos em Gana é importador de mais de 600 mil toneladas", estima Dornelles.

Também foi conhecido um projeto desenvolvido pelo Brazil Agrobusiness Group, que atua com uma lavoura de 300 hectares para o arroz, além de contar com área de beneficiamento. O  projeto é visto como uma referência pelos ganeses, que consomem preferencialmente arroz aromático. Novas ações estão programadas para os próximos meses, no sentido de prospectar e ampliar mercados para o arroz gaúcho.

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