Vitrines tecnológicas apresentam inovações na Abertura Oficial da Colheita do Arroz
(Por Nestor Tipa Jr; Rejane Costa/Federarroz) Uma das principais atrações da Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, o roteiro técnico apresenta todos os anos novidades aos produtores. Empresas e instituições públicas e privadas mostram as inovações para garantir à lavoura maior rendimento e produtividade. E, neste ano, de 16 a 18 de fevereiro, na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS), não será diferente.
Segundo o coordenador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na Zona Sul, André Matos, que conduz a implantação das lavouras experimentais, ao longo destes quatro anos de evento realizado em Capão do Leão se buscou um incremento de tecnologia com a tentativa de espelhar o que a lavoura vem construindo em tecnologias de ponta, juntamente com as empresas públicas e privadas. “Então, esse é nosso intuito com as vitrines tecnológicas, o de retratar o que há de mais moderno e atual dentro da lavoura”, salienta.
Matos explica que a proposta é trazer as principais cultivares de arroz e soja no mercado, com os novos lançamentos de materiais genéticos, com destaque para o Irga, a Embrapa e empresas privadas que trabalham com o melhoramento genético do arroz, e também a questão da soja com várias obtentoras de cultivares de soja participando da Abertura da Colheita. “Fomos muito felizes também trazendo todos os métodos de irrigação disponíveis, tendo duas empresas que trabalham irrigação por aspersão, uma empresa que trabalha irrigação subterrânea, além dos sistemas de sulco camalhão. É algo que nos deixa satisfeitos em demonstrar ao produtor de terras baixas três tecnologias fundamentais para a irrigação de soja, trazendo estabilidade para a cultura nestas áreas”, observa.
O coordenador do Irga Zona Sul reforça também que o milho vem ganhando espaço nas terras baixas. “Sabemos que é uma cultura nova para o contexto arrozeiro, tem seu destaque na lavoura e não poderia deixar de ser destacada na Abertura da Colheita. Também temos o segundo ano da área da pecuária que vem encorpando e ganhando cada vez mais importância. Neste ano teremos mais empresas participando deste espaço e nossa ideia é trazer mais bovinos de corte que ilustrem essa integração lavoura-pecuária. A presença dos animais é simbólica pela importância dada para a pecuária, fechando um ciclo entre arroz, soja, pecuária e outras culturas como o milho”, frisa.
Para o diretor jurídico da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Anderson Belloli, as vitrines tecnológicas da Abertura Oficial da Colheita do Arroz se revelam um dos pontos altos do evento, já que as mais importantes empresas do setor estarão expondo pacotes tecnológicos aptos a viabilizar a necessária equação entre a sustentabilidade econômica e financeira do produtor, na medida em que potencializam produtividade, com as não menos importantes searas social e ambiental. “No mundo da produção de alimentos na pós-pandemia o investimento do produtor em conhecimento será ainda mais importante para a continuidade do negócio, sendo que a programação da Abertura da Colheita do Arroz foi pensada juntamente em dotar o produtor de subsídios para a tomada de decisão nesse cenário global cada vez mais complexo”, pondera.
O coordenador técnico da Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, André Andres, ressalta especialmente a expectativa de um grande público para o evento depois de um ano realizado sob os efeitos da pandemia. “Sabemos que o produtor precisa olhar uma parcela de arroz, soja, milho e forrageiras. Ele precisa conversar com o pesquisador e trocar experiências entre eles. Por isso vislumbramos a maior presença de público em uma Abertura da Colheita”, frisa, acrescentando ainda que a Embrapa vai apresentar quatro cultivares, sendo duas novidades para o mercado. “Felizmente as nossas terras baixas estão recebendo várias outras tecnologias, com destaque para a soja nos últimos dez anos e o milho recentemente sendo alvo dos produtores, que vêm buscando a produtividade em um material que está com uma boa valorização no mercado”, complementa.
As lavouras estão em fase de aplicação de defensivos agrícolas. Neste ano contam com a ajuda de drones que fazem este movimento apenas nas áreas que são necessárias. Foi firmada uma parceria com a empresa SC Agro, que trabalha há 30 anos na aviação agrícola e que nos últimos anos investiu no trabalho com drones. “Estamos fazendo um tratamento fitossanitário para o controle de doenças e insetos em todas as três lavouras da Abertura da Colheita. É um compromisso que assumimos de fazer a pulverização dessas áreas para mantê-las sadias com drones agrícolas que é a tecnologia mais inovadora que existe para a aplicação de produtos agroquímicos”, explica o diretor da empresa, Eugênio Schroeder.
No total serão 40 vitrines tecnológicas no roteiro técnico englobando temas como novidades em cultivares, defensivos agrícolas, tecnologias de aplicação, aviação agrícola, pastagens, fertilizantes e irrigação. Participam do espaço as empresas Adama, BASF, Brevant Sementes, CropChem, Dagramas, FMC, FT Sementes, Geoplan, ICL, Ihara, Morgan, Netafim, PGG Wrightson Seeds, Pioneer, RiceTec, SC Agro, Simbiose, Spraytec, Super N, Syngenta e Zimmatic, além de instituições e entidades como Epagri, Embrapa, Irga, Sindag, Ufrgs, UFSM e UfPel.
Com o tema “A Produção De Alimentos No Pós-Pandemia. Novos Patamares, Novos Desafios”, o evento seguirá o formato híbrido com atividades presenciais e on-line. A programação contará com as vitrines tecnológicas, feira, palestras e debates, homenagens e ato da Abertura Oficial. A organização é da Federarroz com correalização da Embrapa e patrocínio Premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo aplicativo Colheita do Arroz ou no site www.colheitadoarroz.com.br.