Wasde: EUA terá maiores exportações e estoques
Grãos longos vão dominar aumento da oferta norte-americana. Foto: Robispierre Giuliani/Planeta arroz
(Por USDA) A perspectiva para 2021/22 de arroz nos EUA neste mês é de oferta ligeiramente maior, menor uso doméstico, maiores exportações e maiores estoques finais. Os suprimentos aumentam ligeiramente, pois os estoques iniciais e as importações aumentam mais do que compensando a produção mais baixa.
Os estoques iniciais estão mais altos, principalmente devido a estimativas mais baixas para uso doméstico e residual para 2020/21, conforme implícito no último relatório NASS Rice Stocks. O uso doméstico também foi reduzido em 2021/22 em 3,0 milhões de cwt (45,36kg) para 153,0 milhões, embora ainda seja um recorde.
Toda a produção de arroz é reduzida em 2% para 199,3 milhões de cwt, com todo o declínio ocorrendo nos grãos médios e curtos. A severa seca na Califórnia reduziu a área de grãos médios e curtos, conforme relatado em NASS Acreage. O rendimento total do arroz também é reduzido com base em menos área da Califórnia, que atinge consistentemente rendimentos mais elevados do que os Estados produtores de arroz do sul.
Por causa da oferta reduzida de grãos médios e curtos, as importações para essas classes aumentaram para um recorde de 8,0 milhões de cwt, o que aumentou todas as importações de arroz para um recorde de 39,0 milhões. O total das exportações aumentaram 2,0 milhões de cwt para 90,0 milhões (todos de grãos longos) na expectativa de que os Estados Unidos continuarão sua recente expansão das vendas de arroz em casca para a Venezuela e outros mercados latino-americanos.
Projetados para 2021/22, os estoques totais finais de arroz são aumentados em 2,3 milhões de cwt para 41,3 milhões, com grãos longos sendo responsáveis por todo o aumento. O preço agrícola médio da temporada de arroz de 2021/22 aumentou US $ 0,20 por cwt para US $ 14,40, todos com base nos preços mais altos de grãos médios e curtos esperados para a Califórnia e outros estados.
MUNDO
A perspectiva global de 2021/22 é de oferta reduzida, menor consumo, comércio marginalmente maior e redução dos estoques finais. Os suprimentos foram reduzidos em 2,0 milhões de toneladas para 681,0 milhões, principalmente em uma combinação de estoques iniciais mais baixos para a Índia e produção reduzida para Egito, UE e Estados Unidos.
Os estoques iniciais da Índia aparecem reduzidos conforme suas exportações para 2020/21 aumentam 2,0 milhões de toneladas para um recorde de 19,0 milhões em um ritmo robusto contínuo e preços de exportação muito competitivos.
O consumo mundial de 2021/22 foi reduzido em 0,6 milhão de toneladas, para um recorde ainda de 514,0 milhões. O comércio global de 2021/22 aumentou 0,1 milhão de toneladas para 47,1 milhões, com o aumento das exportações dos Estados Unidos, Brasil e Austrália.
Os estoques mundiais projetados para 2021/22 foram reduzidos em 1,4 milhão de toneladas, para 167,0 milhões, principalmente na Índia, já que seus estoques estão em baixa em 4 anos.
Na CBOT, o arroz fechou um pouco mais alto ontem, apesar das estimativas de baixa dos relatórios WASDE do USDA. O USDA aumentou muito o carry in para a nova safra e também cortou a demanda. Reduziu as estimativas de rendimento para esta estação de crescimento e também a área plantada e colhida. Os cortes na demanda e oferta não foram suficientes para superar o aumento de carry in e os estoques finais subiram. O relatório foi o esperado, mas não ofereceu um grande motivo para retomada de compras, mas a resposta foi muito limitada, de modo que os futuros subiram ligeiramente.
