Yeda abre safra de arroz e anuncia terminal em Rio Grande
Na solenidade, a governadora recebeu da Federarroz o título de Mulher do Arroz 2008.
A governadora Yeda Crusius abriu oficialmente a colheita do arroz no Brasil neste domingo (2), na Estação Experimental do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), em Cachoeirinha. A safra, estimada em 7 milhões de toneladas no Estado, já começou a ser colhida e a expectativa é de que seja uma das melhores da história. Na 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, Yeda anunciou que o silo da Cesa em Rio Grande será restaurado e destinado às exportações de arroz.
A governadora afirmou que a inovação tecnológica ajudou para o bom desenvolvimento das lavouras de arroz do Estado.
– A tecnologia anda junto com o trabalho de que cada produtor e é isso que irá gerar a colheita de 7 milhões de toneladas – disse. Yeda, que recebeu da Federarroz e do Irga o título de “Mulher do Arroz”, ressaltou que as culturas irrigadas fazem a diferença na produtividade e na renda, valorizando o produto gaúcho no exterior.
Sobre o investimento de R$ 1 milhão no Irga, Yeda Crusius destacou que os recursos retornarão para os cofres do Estado na forma de impostos arrecadados para que o Estado consiga investir o dobro nos próximos anos em construção de laboratórios e restauração de prédios
Escoamento da safra
O silo da Cesa em Rio Grande tem capacidade para 80 mil toneladas de arroz e irá ajudar no escoamento da safra gaúcha, que representa 60% da nacional. A meta do setor arrozeiro é exportar 10% da produção nos próximos anos. As saídas do produto cresceram e voltaram a ter destaque.
Através de esforços conjuntos entre produtores, cadeia produtiva e o governo gaúcho, foram exportadas quase 1 milhão de toneladas nos últimos três anos.
A governadora anunciou ainda o nome do novo presidente da Cesa, Juvir Matoella, e a regulamentação da lei 12.427, de autoria do deputado Jerônimo Goergen, que obriga a pesagem e exames fitossanitários de produtos agrícolas que ingressem do exterior. Conforme o presidente do Irga, Maurício Fischer, a reivindicação do setor permitirá igualdade do Rio Grande do Sul com os países do Mercosul.
– Os produtores uruguaios e argentinos utilizam insumos na lavoura que são proibidos no Brasil, o que dificultava a concorrência – falou Fischer.
Yeda afirmou que o governo irá virar o cenário de déficit público para poder investir mais na agricultura. A governadora destacou que o patrimônio do Banrisul dobrou e que o banco tem capacidade de emprestar dinheiro aos produtores.
– Esse dinheiro retornará e o Banrisul poderá aumentar o investimento no setor primário – ressaltou.
Na Estação, a governadora conheceu a história da lavoura de arroz, contada através de máquinas e equipamentos antigos, e percorreu a vitrine tecnológica.
Na solenidade, a governadora recebeu da Federarroz o título de Mulher do Arroz 2008. Estiveram presentes na abertura da colheita do arroz o secretário da Agricultura, João Carlos Machado, o secretário da Irrigação e Usos Múltiplos da Água, Rogério Porto, o secretário da Habitação, Marco Alba, o secretário de Obras, Coffy Rodrigues, o delegado do Ministério da Agricultura no Estado, Francisco Signor, o presidente da Federação das Associações dos Arrozeiros (Federarroz), Renato Rocha, Alceu Moreira, presidente da Assembléia Legislativa e o presidente da Farsul, Carlos Sperotto.