Emater/RS: apesar da seca, há potencial produtivo elevado para safra do arroz

 Emater/RS: apesar da seca, há potencial produtivo elevado para safra do arroz

(Por Emater/RS) A área semeada projetada de arroz pelo IRGA é de 862.498 hectares. A produtividade estimada é de 8.226 kg/ha. Houve avanço no número de lavouras em fases reprodutivas; 42% estão nas fases de floração e enchimento de grãos. A cultura apresenta dois cenários completamente distintos.

O primeiro, referente à maior parte das lavouras, é de adequada disponibilidade de água e onde o potencial produtivo se manteve elevado, favorecido pelas condições climáticas, coincidentes com a fase reprodutiva. O segundo cenário é composto por um menor número de lavouras, que apresentam problemas de falta de água e onde a irrigação é realizada com menor eficiência, podendo chegar ao ponto de abandono de alguns talhões em casos extremos.

No entanto, é a cultura de verão menos afetada pela estiagem. Entre as regiões de maior produção, a expectativa de produtividade ainda é mantida nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Lajeado e Porto Alegre. Há perspectiva de redução nas de Santa Maria e Soledade. Os maiores danos ocorrem nas de Bagé e Pelotas.

Na região administrativa de Bagé, em Alegrete, aumentou a área sob irrigação intermitente, e em torno de 200 hectares foram abandonados por falta de água. Em Uruguaiana, as estimativas atualizadas indicam que as barragens em geral detêm entre 30% e 40% de sua capacidade de retenção, e 20% das lavouras já são irrigadas de forma intermitente, com abandono de 5% da área total cultivada devido ao esgotamento dos mananciais, principalmente do Rio Quaraí.

Os produtores de Itaqui, de Uruguaiana e de Maçambará já estão realizando os trabalhos de preparo de solo antecipado para a implantação das lavouras de arroz da safra 2023/2024.

Na de Pelotas, persistem os problemas das lavouras que são irrigadas com água da Lagoa dos Patos e seus afluentes, cujos índices de salinidade da água são superiores ao tolerado pela cultura. Alguns produtores que enfrentam essas condições mantêm as irrigações intermitentes, minimizando o efeito nas lavouras.

Na de Porto Alegre, as precipitações acumuladas na semana mantiveram o desenvolvimento dentro da normalidade, mas sem ocorrência de doenças e pragas significativas.

Na de Santa Maria, as lavouras encontram-se 60% em desenvolvimento vegetativo; 30% estão no início do período de floração; e 10% em enchimento de grãos, especialmente aquelas lavouras a oeste da região. Houve aumento na dificuldade de manter a irrigação oriunda dos Rios São Sepé, partes do Vacacaí e do Soturno, que apresentam fluxo interrompido.

Já há abandono de algumas lavouras por falta de disponibilidade de água em arroios de Cerro Branco, onde 30% dos 930 hectares cultivados estão sem água para a irrigação.

Na de Soledade, a preocupação é a insuficiência de chuvas, pois os níveis de água dos reservatórios e cursos hídricos diminuíram, e a racionalização no uso da água para irrigação aumentou.

Comercialização 

Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio decresceu -0,04 %, passando de R$ 90,66 para R$ 90,62.

3 Comentários

  • Olha só eu acho q não estou no RS com toda está seca vamos alcançar alta produção acho difícil mais papel aceita tudo vamos pagar pra ver.

  • Poisé,li já qdo publicada, mas não comentei pq não tive tempo ou achei matéria banal, já q fazia mais de vinte dias q o Rio na nossa região estava seco e chuveu nas cabeceiras e desceu uma água boa, o arroz seco com terra já rachando imagine a situação, e essa água já está diminuindo, logo o Rio seca de novo . Qquer q viaja por aí, percebe os rios com bancos de areia sem correnteza, uns até criando limo e capim . Até o Guaíba tá proibido de puxarem água. Outro exemplo , viajando por aí pra cada lavoura de arroz se vê três ou mais de soja, ou simplesmente terra preparada sem plantio pq a seca não permitiu. Sugiro q apresentem dados mais concretos e embasados. Como irga fez ano passado visitando as lavouras, mas esse ano não vi ninguém consultando o produtor.

  • Outro ponto é área projetada, mas nas efetuada, o tal preparo para 2024 são áreas q não puderam ser plantadas pq a seca não permitiu. Não sei se áreas plantadas com arroz chegou a 800 mil hectares no RS.

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