Preços firmes e indústria com baixos estoques no RS

Uma conjuntura favorável mantêm o mercado do arroz em casca firme no Rio Grande do Sul e as empresas operam com baixos estoques.

A inexistência de estoques federais de arroz, o mercado internacional com pouca disponibilidade de produto e altos preços, o direcionamento das exportações do Uruguai – até o momento – para terceiros mercados e o fato dos produtores brasileiros estarem segurando a venda do arroz, são as principais causas desta surpreendente alta nos preços em plena colheita brasileira.

O Rio Grande do Sul deve ultrapassar esta semana os 85% de área colhida, segundo estimativa do Irga. O produto, no entanto, não está chegando em grandes volumes na indústria porque o produtor vem rentabilizado pelos bons preços obtidos nas safras recentes e prefere secar e armazenar na propriedade, em cooperativas ou armazéns cadastrados.

As ofertas são restritas. Os produtores preferem a venda à vista e recorreram a mecanismos como CPR/NPR e EGFs, já beneficiados pelo alongamento do pagamento do custeio. O Ministério da Agricultura nem está recebendo forte pressão pela liberação do mecanismo de comercialização conhecido como contrato de opção privado, graças à manutenção dos preços internos acima dos 11,5 dólares/saco de 50 quilos.

Toda esta conjuntura está fazendo com que as indústrias brasileiras tenham um estoque máximo de 10 dias, segundo dados do site norte-americano Oryza Rice Editor. Especialistas brasileiros informam que há casos de engenhos de arroz operando com estoques negativos. Esta conjuntura está sustentando os preços locais, que operam na faixa de R$ 33,50 a R$ 35,00/saca de 50 quilos entre 58% e 62% de grãos inteiros.

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