Colheita no Mato Grosso chega a 85%

Associação dos Produtores de Arroz do Mato Grosso confirma estimativa de perdas em 20%. O estado deverá colher 1,48 milhão de toneladas, 370 mil toneladas a menos do que o esperado.

Pelo menos 85% do arroz produzido em Mato Grosso já foi colhido. Os cálculos são da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (APA). O presidente da associação, Ângelo Maronezzi, acredita que até o final deste mês os trabalhos no campo já estejam concluídos.

“Em relação às safras passadas estamos apenas uma semana de atraso com a colheita. Não está muito longe do que se falava”, disse, quando foi perguntando se as chuvas nos meses de janeiro e fevereiro prejudicaram os trabalhos no campo. “Atraso mesmo só na armazenagem, pois quando dá sol o produtor aproveita para colher e a fila nos armazéns acaba sendo grande, isso acaba atrasando o trabalho no campo”, apontou.

Nesta safra, em todo o estado a área plantada com arroz quase dobrou em relação à safra 2002/2003. De 377,5 mil hectares, foram cultivados cerca de 580 mil hectares. A expectativa também era dobrar a produção e chegar aos 1,850 milhão de toneladas. Mas as chuvas acabaram provocando uma perda de, em média, quase 400 mil toneladas. A associação calcula que a produtividade este ano chegue a 1,480 milhão de toneladas.

“Ainda estamos trabalhando numa projeção de perda de 20%. Quando acabar a colheita vamos fazer um novo levantamento para ver o quanto foi perdido realmente”, acrescentou, referindo-se às possíveis perdas na produção do arroz nesta safra devido ao excesso de chuvas, que trouxe prejuízos também para os sojicultores.

Boa parte dessa produção está no médio-norte e norte de Mato Grosso, que deverá ser responsável por 700 mil toneladas de grãos nos 220 mil hectares cultivados. Baseado nesses cálculos de perdas, Maronezzi disse que cerca de 5 mil sacas de arroz deixarão de ser colhidas nesta safra.

“Houve o problema de acabamento nas variedades Sirad e Primavera, então o produtor que esperava colher 55 sacas por hectare, cerca de 3,2 mil kg, está tirando das lavouras, em média, 48 a 50 sacas, ou seja, 2,850 mil kg a 2,9 mil kg por hectare”, calculou, em entrevista ao Só Notícias/Agronotícias.

“Mesmo com todos os investimentos em tecnologia e material genético feitos pelos produtores para esta safra, não será fácil atingir a expectativa”, lamentou.

Segundo ele, os municípios de Paranatinga e Querência do Norte estão com os trabalhos um pouco mais atrasados, situação que não é diferente em Feliz Natal e Sinop.

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