Mercado parado no Sul
Uma grande queda de braço entre supermercados, indústria e produtores está estabelecida no mercado brasileiro nas últimas três semanas. Supermercados, atacadistas e atravessadores pressionam por baixa nos preços do produto em casca, enquanto produtores evitam vender sob orientação para buscar crédito em CPRs e EGFs. Produto do Mercosul entra com restrições.
O mercado do arroz em casca parou no Rio Grande do Sul. Os compradores se retiraram do mercado em todas as regiões, ainda numa pressão de baixa.
Algumas confusões de informações têm gerado grande apreensão. Relatos de arroz sendo comercializado a R$ 32,00 e por até R$ 30,00 o saco de 50 quilos pipocaram no mercado desde sua abertura, na quarta-feira, mas numa investigação mais apurada descobriu-se tratar-se de produto variando entre 53% a 55% de inteiros.
Com base nestes números, é fácil identificar que o mercado, mesmo parado, segue cotando o arroz com 58% de inteiros na faixa dos R$ 33,00 da semana passada na maioria das regiões gaúchas e a R$ 34,00 o saco de 50 quilos com 60% de inteiros.
Ontem à tarde, chegou a ser informada uma queda nas cotações de Uruguaiana (RS) para R$ 32,50 o saco de 50 quilos com 58% de inteiros, mas não confirmou-se e os valores mantiveram-se nos patamares de R$ 33,00.
O mercado segue com pouca liquidez. Negócios ocorridos eventualmente mantém a tendência de obtenção de preços abaixo da média praticada e geram o risco de um referencial subestimado de preços.
O Irga e a Federarroz estão orientando os produtores a evitar os negócios e buscar recursos, se necessário, nas CPRs, EGFs e outras linhas de crédito disponíveis no Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi, que disponibiliza recursos com preço de referência em R$ 30,00. Os arrozeiros se queixam do preço de referência do Banco do Brasil, que estaria na faixa de R$ 21,00/saco, e comprometeria grande volume de produto.