Mercado gaúcho parou

Mercado abriu em compasso de espera, hoje, na expectativa de evolução da oferta dos produtores para cumprir o pagamento dos contratos de custeio.

Apesar da insistência de alguns analistas de mercado do centro do país em informar um aumento de oferta no mercado gaúcho, esta não tem sido a realidade visualizada nas operações comerciais. Os preços do arroz em casca, que se mantêm em baixa, têm servido mais como um referencial, já que o volume de negócios é muito baixo no estado em comparação às safras passadas.

Anúncios de safra recorde e uma natural pressão por oferta para o pagamento do custeio são os principais fatores de balizamento dos preços abaixo dos R$ 33,00 para o produto com 58% de inteiros até o momento.

O mercado abriu hoje no Rio Grande do Sul com uma calma aparente, marcada pela expectativa de compradores e produtores para o desenrolar da semana. Os compradores estão mais céticos e não se deixam levar pela euforia de pressão de oferta por parte dos produtores para o pagamento do finaciamento bancário.

Do outro lado, os produtores procuram evitar a oferta sabendo que isso lhes acarretaria prejuízos com a baixa ainda maior dos preços. Assim, há notícias no mercado de que Pelotas abriu hoje com cotações abaixo dos R$ 32,00 para o arroz em casca com 58% de inteiros (Tipo 1), tendência logo seguida pela Zona Sul.

Em todo o estado, na semana passada, houve queda nos preços e muitas empresas seguem fora do mercado.

Cachoeira do Sul, na Depressão Central, que tradicionalmente têm as cotações mais baixas do Rio Grande do Sul, chegou a trabalhar com cotações de até R$ 30,00 para o saco de 50 quilos (58%), valor líquido. As cotações, no entanto, fizeram média de R$ 32,20, abaixo da média estadual.

Há grande movimentação política e empresarial dos produtores para garantir a primeira carga de 20 mil toneladas de arroz para a exportação, diante de propostas de compra apresentadas na semana passada por grupos internacionais. A exportação é considerado fator de importante impacto positivo no mercado, proporcionando a retomada das cotações acima dos R$ 33,00/saco. Este é o valor que os produtores indicam paritário com o mercado internacional e mais ajustado à realidade do quadro de suprimentos nacional.

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