Ordem no MT é não vender arroz

É crescente a demanda de arroz de terras altas do Mato Grosso para abastecer a indústria de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, mas os produtores vão segurar o produto.

Com a aproximação do final dos estoques de arroz de terras altas da variedade Primavera, aumentou a pressão de demanda do produto pela indústria de São Paulo, Goiás e Minas Gerais, principalmente, sobre os produtores do Mato Grosso. Uma quebra de 20% da safra matogrossense limitou os estoques deste produto, plantado em cerca de 50% da área total cultivada com arroz.

Essa demanda já reflete nos preços de mercado, que apresentaram um aumento entre R$ 0,50 a R$ 1,00 em algumas regiões do Mato Grosso.

O presidente da Associação dos Produtores de Arroz do Estado do Mato Grosso (APA-MT), Ângelo Maronezzi, no entanto, está alertando aos arrozeiros para evitarem a venda de arroz neste momento. Seu conselho é para esperar e obter melhores preços no segundo semestre, já que os produtores podem vender agora soja, milho, sorgo e algodão, ao contrário dos arrozeiros sulistas, que no momento só têm o arroz para vender.

“Se seguramos o produto agora, a partir do segundo semestre, quando houver uma menor oferta no mercado, teremos arroz para oferecer a preços melhores”, analisou Maronezzi. Segundo ele, a indústria está demandando fortemente o arroz Primavera, mas têm usado como argumento para baixar o preço o fato do produto gaúcho estar sendo vendido abaixo dos valores praticados no Mato Grosso.

“Só que isso não vai acontecer se nós comercializarmos, agora, os outros produtos que temos em estoque”, destacou.

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