Simpósio em Rio Brilhante (MS) aborda arroz irrigado

O evento é promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Rio Brilhante, em parceria com a Associação dos Produtores de Arroz e Irrigantes de Mato Grosso do Sul.

A classe produtora de Mato Grosso do Sul terá nestas quinta e sexta-feira a oportunidade de aprofundar conhecimentos sobre a cultura de arroz irrigado, através de simpósio que será realizado no Centro de Tradição Gaúcha de Rio Brilhante, município localizado a 161 quilômetros de Campo Grande (MS).

O evento é promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos de Rio Brilhante, em parceria com a Associação dos Produtores de Arroz e Irrigantes de Mato Grosso do Sul. O presidente desta última entidade, Roberto Coelho, afirma que foram selecionados técnicos de grande expressão na área para repassar conhecimentos aos produtores.

Dentre eles se destacam Éder Pozebom, especialista em recursos hídricos da Agência Nacional das Águas, de Brasília (DF), o engenheiro agrônomo do Instituto Rio Grandense de Arroz , Walmir Menezes; Ronaldor Knoelauch, engenheiro da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina, e o engenheiro João Carlos Heckler, da Embrapa Agropecuária Oeste, de Dourados.

“Vamos abordar tecnologia de produção, meio ambiente e qualidade de água”, afirma Coelho. Também está confirmada a participação do secretário estadual de Produção e Turismo, José Antônio Felício, que vai abordar as políticas para o setor.

SAFRA

A área plantada com arroz irrigado, hoje de 35 mil hectares em Mato Grosso do Sul, deve crescer 10% na safra 2004/05, segundo acredita o presidente da Associação dos Produtores de Arroz e Irrigantes de Mato Grosso do Sul, Roberto Coelho. “O produtor tende a se tecnificar e aumentar a produtividade”, prevê.

O aumento da produtividade e o mercado em expansão são os combustíveis para o ânimo do produtor, que nos últimos três anos elevou o rendimento de 6 mil quilos a 7,5 mil por hectare, no pólo oeste do Estado. Isso através do uso de cultivares adequadas, boa disponibilidade de água e combate ao arroz vermelho. “Mas esse progresso ocorreu mais no pólo oeste, enquanto que em centros tradicionais de produção, como Dourados e Rio Brilhante, continuou estabilizado”, diz.

A cotação da saca hoje é de R$ 40,00 contra R$ 35,00 no mesmo período do ano passado. Embora o aumento, de 14%, não abata o aumento de insumos do período – só com fertilizantes em 30% – a rentabilidade do produtor hoje é maior, podendo chegar a 45% brutos contra a média de 15% a 20% nos últimos 10 anos. “Na década de 90 só acumulamos dívidas que conseguimos sanar nos últimos dois anos. O lucro estava no empate com os aumentos de custos”, avalia Roberto Coelho.

O setor também tem outra grande expectativa, voltada ao mercado externo, que pode criar referência de preços melhores. Quem está dando o passo inicial rumo às exportações é o Rio Grande do Sul, que nesta safra atingiu produção de 6 milhões de toneladas de arroz. “Isso pode criar alguns bons canais e um mercado potencial é o México”, afirma Roberto Coelho.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter