Safra de verão exige planejamento

especialistas são unânimes em afirmar que o produtor não pode reduzir o uso de fatores que promovam a produtividade.

Com as crises consecutivas no agronegócio, o agricultor terá que dobrar a atenção para a execução da próxima safra de verão. Os especialistas são unânimes em afirmar que o produtor não pode reduzir o uso de fatores que promovam a produtividade.

O agrônomo da Emater/RS na Zona da Produção Cláudio Dóro informa que, devido à descapitalização, a tendência natural é o agricultor fazer uma lavoura com menor desembolso.

– O produtor está impotente, mas pode pensar no plantio visualizando o preço na hora da colheita e começar a comprar insumos, que nesta época estão com preços baixos por causa da entressafra – justifica.

O pesquisador do Irga, Valmir Menezes, é enfático quanto à importância de se assegurar o nível tecnológico.

– O produtor tem três alternativas: não plantar, plantar mal ou plantar bem.

Maurício Fischer, hoje na presidência do Irga, observa que a diminuição da aplicação de insumos está ligada à redução da capacidade do aumento produtivo.

– Ele não tem como reduzir herbicidas, as invasoras tomarão conta. Se mexer na quantidade de adubo, perde produtividade; no arroz, também não tem como diminuir água.

Caso o produtor não tenha outra opção devido ao caixa limitado, os especialistas indicam que seja feita alternância de área e, em último caso, redução.

– Ele pode procurar áreas melhores para aumentar os ganhos na colheita – frisou Fischer.

O avanço tecnológico também possibilita o menor uso de sementes. Menezes recomenda que sejam aplicados entre 100 a 120 kg/ha.

O escalonamento de plantio para fugir das adversidades climáticas e salvaguardar a lavoura é apontado por Dóro.

– Oitenta por cento da produção ficará protegida da seca se ele implantar 40% da semeadura do milho em setembro e 40% em outubro.

Rotação de culturas é dica para a época de plantio

O planejamento da próxima safra de verão também passa pelo uso da rotação de culturas. Segundo o assistente regional da Emater em Passo Fundo Cláudio Dóro a prática pode significar aumento de 15% a 20% na produtividade com o passar dos anos.

– Melhora a qualidade química e física do solo e reduz o potencial de incidência de doenças e pragas – observa.

Entretanto, atualmente, 45% da área cultivada no Estado usa a rotação.

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