Produtor inicia preparação para o plantio de arroz

Responsável por 57% da produção de arroz no Brasil, o Estado tem a tradição de manter a área plantada e a produção.

Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul já começaram a planejar as lavouras para a próxima safra. Ainda sentindo os feitos de dois anos seguidos em que os preços não corresponderam ao investimento, a meta agora é reduzir o custo do cultivo.

Responsável por 57% da produção de arroz no Brasil, o Estado tem a tradição de manter a área plantada e a produção.
Através do Programa Arroz RS, iniciado há três anos pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), a produtividade da lavoura gaúcha vem aumentando com o uso de tecnologias.

Para manter este nível de rendimentos, o pesquisador Valmir Menezes, coordenador do Projeto 10, lembra a importância de realizar cada etapa na época correta para que os produtores não fiquem dependendo das boas condições climáticas. Apenas neste Projeto, cerca de 600 produtores são assistidos diretamente, em uma área aproximada de 60 mil hectares.

Segundo Menezes, o manejo da lavoura deve seguir cinco pontos chaves: adequação do solo para o plantio na época de semeadura, adubação equilibrada com uréia no seco, controle precoce das plantas daninhas e início da irrigação quando a planta atingir três ou quatro folhas. Os arrozeiros devem realizar a semeadura entre setembro e o início de novembro. Menezes recomenda que a densidade ideal de sementes na lavoura seja de 100 kg por hectare.

– Com a redução do número de sementes e o aumento da quantidade de adubo, o produtor consegue incrementar a produtividade – comenta.

Menezes ressalta a necessidade de melhorar a drenagem das lavouras e a adoção de sistemas de cultivo que dependam menos das condições ambientais para a realização da semeadura. Além disso, as taipas devem ser construídas antes do início do preparo do solo, para melhorar a irrigação e o estabelecimento da cultura.

De acordo com o presidente do Irga, Maurício Fischer, as sementes utilizadas devem ser certificadas, isentas de arroz vermelho, e adequadas às regiões produtoras de arroz do Estado. Ele explica que é necessário plantar variedades mais fáceis de serem comercializadas e com boa qualidade de grãos, caso dos cultivares Irga 409, Irga 417 e Irga 422CL.

Para aumentar os rendimentos o produtor deve controlar precocemente o surgimento de inços e utilizar menos herbicidas. O Irga recomenda que em áreas com histórico de plantas daninhas, é adequado aplicar simultaneamente inseticidas com herbicidas ou realizar tratamento de sementes, eliminando a “bicheira da raiz” na fase adulta, principal praga da lavoura de arroz.

– O produtor vem de uma safra em que o preço de comercialização foi inferior ao custo de produção. Mesmo assim, o Estado deverá manter a condição de maior produtor de arroz do país – finalizou Fischer.

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