Mercosul terá menor oferta de arroz

Apesar do aumento da produção em Mato Grosso, haverá redução no Sul do país, em virtude da queda na área cultivada e da redução na produtividade – a cultura sofrerá com o El Niño.

Analistas de mercado acreditam que no próximo ano o Brasil precisará importar arroz de terceiros países, extra Mercosul. Isso porque, apesar do aumento da produção em Mato Grosso, haverá redução no Sul do país, em virtude da queda na área cultivada e da redução na produtividade – a cultura sofrerá com o El Niño.

Com uma menor oferta, a tendência é que os preços do grão mantenham-se firmes no próximo ano. Segundo levantamento da Cogo Consultoria Agroeconômica, a expectativa é que o arroz primavera dê uma rentabilidade média de 3% a 9% em Mato Grosso, enquanto o agulhinha fique em 9% a 15% no Sul do País.

Atualmente, o cereal é comercializado a R$ 25,50 em Mato Grosso, enquanto a soja é vendida a R$ 20 e o milho, a R$ 8,50 a saca (60 quilos).

– As perspectivas são boas para o mercado no ano que vem – diz Tiago Barata, da Safras & Mercado.

Na avaliação da Cogo Consultoria Agroeconômica, o Brasil deverá ter uma produção próxima a 12,5 milhões de toneladas, abaixo do consumo. Por outro lado, a estiagem na Argentina e no Uruguai deixou as barragens daqueles países com níveis baixos de água, o que deve provocar quebra na produção dos países vizinhos de até 10%. Com isso, ele estima a necessidade de importação fora do Mercosul.

Não existem avaliações da necessidades de importação porque os efeitos do El Niño ainda não podem ser totalmente dimensionados.

– Diferente de outras vezes, trazer o produto de outros países não irá representar queda nos preços do mercado interno – diz Cogo.

Isso porque, as cotações no mercado internacional estão 82% mais altas desde 2000.

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