APA não projeta crescimento na área para plantio do arroz

Sem créditos muitos produtores podem deixar parte de suas propriedades
improdutivas nesta safra.

Seguindo o atual cenário do cultivo de soja no Estado, a área destinada ao arroz não deve ter muita alteração em comparação com a safra passada. A projeção da Associação dos Produtores de Arroz (APA) do Mato Grosso é de que a área de, aproximadamente, 300 mil hectares, cultivada na safra 2005/06, seja mantida.

Segundo o presidente Angelo Maronezzi, a dificuldade em obter créditos para aquisição de insumos e adubos enfrentada pelos sojicultores também está afetando o setor orízicola. Sem créditos muitos produtores podem deixar parte de suas propriedades
improdutivas nesta safra.

Outro ponto destacado pelo presidente é não abertura de novas áreas para cultivo.

– Uma vez que o cultivo de arroz está ganhando espaço em áreas velhas, em contrapartida não houve abertura de novas áreas – comentou.

A projeção das indústrias de melhora nos preços no ano quem vem, com o término dos estoques do produto até o final do ano, anima o setor, mas não é suficiente.

– Pode ter influência, mas para cultivar o produtor precisa de adubo, defensivos – destacou Maronezzi.

Ele também acrescentou que ainda é cedo para confirmar a projeção da Conab para a safra 2006/07, de que haja um crescimento entre 20% e 24% na produção de arroz em Mato Grosso. No balanço da companhia a produção elevaria de 738,9 mil toneladas para 890,3 mil e 922,4 mil toneladas, com previsão de saltar de 287,5 mil hectares em 2005/2006 para 319,1 mil a 330,6 mil hectares este ano, destinados à cultura.

O plantio de arroz já começou na região, mas ainda é lento e deve ser intensificado após o término do plantio da soja, que, em alguns municípios, está bem adiantado, e deve ser concluído em dezembro.

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