Irga recomenda cautela aos produtores na comercialização de arroz
Os produtores devem vender com cautela seu produto e, se possível, não aceitar valores inferiores ao preço mínimo de R$ 22,00.
O início das aquisições e empréstimos do governo federal vão mesmo entrar em operação na Abertura da Colheita do Arroz, em março. A garantia é do superintendente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Paulo Morceli. Mas até o evento, os produtores devem vender com cautela seu produto e, se possível, não aceitar valores inferiores ao preço mínimo de R$ 22,00.
Após apresentar uma pequena reação em outubro e novembro, quando a cotação chegou a R$ 25,00 o valor pago aos produtores teve nova queda, chegando a R$ 18,82 nesta terça-feira, segundo o índice Cepea-Esalq/BM&F. Conforme o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer, o valor está mais de 30% abaixo do custo de produção, calculado pela Conab em R$ 27,03.
– A recomendação é não apurar a venda do produto e acreditar no esforço das entidades do setor orizícola, pois já na Abertura da Colheita os mecanismos federais estarão em operação – afirmou Fischer.
O diretor comercial do Irga, Rubens Silveira, acredita que a verba para comercialização vai garantir o escoamento de 30% da safra de arroz no Estado. No total, o governo federal irá liberar 400 milhões para mecanismos de AGF e leilões, e 300 milhões de EGF. Estes recursos irão avalizar a venda de 1,75 milhão de toneladas de arroz em uma safra com previsão de seis milhões de toneladas para o Rio Grande do Sul.