Começa a intervenção no mercado de arroz

A intervenção do governo vai diminuir os prejuízos dos arrozeiros, que nos últimos dois anos têm vendido a safra a preços abaixo do custo de produção.

A safra de arroz começa com a garantia de um preço mínimo ao produtor. No próximo dia 2, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza o primeiro leilão de contrato de opção para o produto. Estarão à venda 3,7 mil contratos, sendo 3,3 mil para o Rio Grande do Sul e o restante para Santa Catarina, totalizando 99,9 mil toneladas. O prêmio de abertura do leilão será de R$ 67,50 a tonelada – ou R$ 0,12 por saca – com preço de exercício de R$ 25 a saca (50 quilos) e vencimento para 31 de agosto.

Além das opções, haverá intervenção estatal também por meio de Empréstimos do Governo Federal (EGFs) e Aquisições do Governo Federal (AGFs). A estimativa é que 30% da safra gaúcha tenha ajuda do governo. A intervenção estatal agradou os produtores de arroz.

– As medidas atenderam nossas reivindicações em numero de contratos, limites e valores – diz Valter Pötter, presidente da Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

Segundo o analista da Safras & Mercado, Tiago Barata, as opções dão referência para o mercado em um momento em que a tendência é de baixa – atualmente o arroz está cotado em R$ 18,50 a saca. A estimativa é que os custos hoje estejam em R$ 26,00 a saca.

Segundo Pötter, a intervenção do governo vai diminuir os prejuízos dos arrozeiros, que nos últimos dois anos têm vendido a safra a preços abaixo do custo de produção. Além dos R$ 150 milhões destinados às opções, igual valor será aplicado nas AGFs – a preços de R$ 22 a saca – e outros R$ 400 milhões em EGFs.

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