Epamig lança mais três cultivares de arroz

As variedades BRSMG Caravera, BRSMG Relâmpago e BRSMG Predileta serão lançadas na Fazenda Experimental “Nova Baden” em Lambari, Sul de Minas.

No próximo dia 28 (quarta-feira), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) lançará três cultivares de arroz: BRSMG Caravera, BRSMG Relâmpago e BRSMG Predileta, na Fazenda Experimental “Nova Baden” em Lambari, Sul de Minas.

Durante o evento, será apresentada a palestra “Perspectivas de Mercado para o arroz em Minas”, pelo presidente do Sindicato da Indústria do Arroz do Estado de Minas Gerais, Jorge Tadeu Araújo Meirelles. O professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Antônio Alves Soares, apresentará as cultivares Relâmpago e Caravera.

A apresentação da cultivar Predileta será feita pelo pesquisador da EPAMIG (e coordenador do evento), Plínio César Soares. A extensionista da Emater-MG, Girlene Ferreira Liziero Picoli, destacará a importância do arroz na alimentação humana. Em seguida, todos visitarão os campos de arroz. A participação é gratuita.

Arroz em Minas: 32 anos de pesquisa

Nos últimos 32 anos a EPAMIG, através do seu programa de melhoramento de arroz, lançou 28 cultivares – de terras altas e irrigadas -, em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão e com a Universidade Federal de Lavras (Ufla). Dessas cultivares, 16 são apropriadas para o cultivo sob irrigação por inundação contínua em várzeas e 13 são adaptadas ao sistema de cultivo em terras altas. (A cultivar Curinga tem dupla aptidão: em terras altas e em várzeas úmidas.).

As três novas cultivares

O processo de indicação de cultivares para plantios comerciais é dinâmico, ou seja, periodicamente recomendam-se novas cultivares em substituição àquelas menos produtivas e/ou com menor aceitação comercial.

É dentro desta linha de ação que o consórcio de pesquisa entre EPAMIG e Embrapa Arroz e Feijão, por meio do programa de melhoramento genético de arroz, testa a cada ano diversas linhagens e cultivares, em diferentes locais de Minas Gerais, visando oferecer as melhores opções aos orizicultores, no que tange à escolha de cultivares apropriadas às suas lavouras. Como contribuição recente dessas pesquisas integradas serão disponibilizadas aos produtores mineiros, a partir do próximo dia 28, as três novas cultivares de arroz.

Essas três cultivares são mais resistentes às doenças do que as anteriores, têm grãos com melhor qualidade, maior rendimento de grãos inteiros no beneficiamento e melhor comportamento culinário à mesa – grãos soltos e macios com alto índice de expansão de volume, segundo o pesquisador Plínio Soares.

Regiões mais produtivas

Em Minas, o arroz de terras altas é mais produzido no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas. Em várzeas: Zona da Mata, Vale do Rio Doce (principalmente Aimorés) e também o Sul de Minas.

No ranking nacional, Minas oscila entre o 9º e 10º lugares. Mas chegou a ser o maior produtor de arroz de todo o Brasil na década de 60. Segundo o pesquisador, a produção caiu muito pelo fato de os produtores terem optado pelas culturas do milho, da soja e do algodão, que passaram a ser mais atraentes pela crescente demanda.

O cenário em Minas é propício para o arroz

– Os mineiros consomem bastante arroz. Tanto que o estado precisa importar o arroz do Rio Grande do Sul. O produtor que quiser plantar arroz em Minas não terá que se preocupar com o mercado. Nosso consumo é muito maior do que a produção no Estado. E, devido ao programa de melhoramento do arroz, desenvolvido pela EPAMIG, a qualidade do nosso produto, principalmente o de terras altas, tem melhorado muito a sua qualidade – avalia Plínio Soares.

Números do arroz em Minas

Segundo o IBGE, a plantação de arroz de terras altas ocupa cerca de 35 mil hectares. Já o arroz em terras de inundação contínua ocupa 13 mil hectares. Arroz de várzea úmida: 34 mil ha. A área total com arroz em Minas: 82 mil hectares.

Na safra de 2006, foram produzidos em terras altas 53 mil toneladas/ano de arroz; 51 mil ton/ano de arroz em áreas irrigadas por inundação e 72 mil toneladas/ano em várzeas úmidas.

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